quinta-feira, 16 de junho de 2011

Momo abre os braços sobre as matas


Blocos e bandas de carnaval de rua do Rio de Janeiro vão se reunir no próximo domingo, dia 19, em uma batucada em favor das matas brasileiras. Participe.
“Brasil, estas nossas verdes matas, cachoeiras e cascatas de colorido sutil
E este lindo céu azul de anil emolduram aquarela, o meu Brasil”?


Assim falava a letra de Aquarela Brasileira, composta por Silas de Oliveira para o desfile do Império Serrano de 1964. Uma homenagem ao clássico Aquarela do Brasil, de Ary Barroso, mas, sobretudo, uma exaltação à cultura e à natureza do nosso país. No próximo domingo, dia 19 de junho, o samba volta às ruas para enaltecer as matas que estão simbolizadas no verde da bandeira brasileira. No estandarte desse desfile – que acontecerá na avenida Atlântica orla do Rio de Janeiro – um Código Florestal que preserve nossas matas.
O ponto de encontro é a praia de Copacabana, Posto 6, 10h da manhã. Lá estarão reunidos, no carro de som, ou no asfalto, músicos de diversos blocos e bandas de carnaval de rua da tradicional festa carioca – reunião que acontece em momentos históricos, tanto de luta, quanto de comemoração. Comfirmaram presença blocos importantes do carnaval de rua da cidade como o Simpatia é Quase Amor, Banda de Ipanema, Carmelitas e Imprensa que eu Gamo. Uma ala do Greenpeace também estará lá.
Eles pedem, a exemplo da grande maioria dos brasileiros, que o Senado corrija as aberrações que passaram pela Câmara dos Deputados na proposta do novo Código Florestal e garanta que o futuro das nossas florestas e da nossa produção de alimentos esteja assegurado por lei. Para participar do grito de carnaval pelas matas, basta comparecer, com a camisa do seu bloco, fantasia, ou simplesmente de verde.
“Primeiro foram os ambientalistas a dizer que o novo Código Florestal era uma tragédia. Depois, a ciência. A população, aos poucos, foi tomando consciência disto. Hoje é um consenso: pesquisa do Datafolha acaba de comprovar que 79% dos brasileiros são contra a diminuição da proteção das florestas”, diz Márcio Astrini, responsável pela campanha de Floresta do Greenpeace Brasil.
O movimento dos blocos e bandas preparou um manifesto, a ser lido antes do primeiro rufar dos tambores. Nele, falam do imenso patrimônio social que são nossas florestas, que faz de nós o país com maior biodiversidade do mundo e lembram que para crescer, o país precisa de desenvolvimento tanto quanto de conservação. (leia o manifesto)
No próximo domingo, vamos a avenida Atlântica, em Copacabana, de verde, dizer ao Congresso que o povo quer preservar nossas florestas e fazer da expressão mais popular da música brasileira, um grito de protesto em favor da nossa maior riqueza. “O asfalto como passarela será a tela do Brasil em forma de aquarela”, concluiria o compositor Silas de Oliveira.

Fonte: greenpeace

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Como a indústria de brinquedo responde à campanha do Greenpeace na Indonésia

Ação do Greenpeace na sede da Mattel, nos Estados Unidos.
Os últimos dias têm sido turbulentos desde que o Greenpeace iniciou a campanha para parar o desmatamento na Indonésia. Agora há sinais de que tanto Mattel quanto Lego estão se preparando para implementar mudanças na forma que eles compram suas embalagens.
O último anúncio da Mattel, divulgado na última sexta-feira nos Estados Unidos, sugere que a companhia agora reconhece que há um problema com desmatamento. Apesar disso, seu posicionamento ainda não está claro. A companhia precisa dar mais detalhes e um cronograma para mostrar que eles de fato se engajarão para lidar com essas questões.

Enquanto isso, na Dinamarca, Lego respondeu aos questionamentos da mídia declarando suas intenções de adotar embalagens totalmente recicladas e com o selo FSC, que garante a procedência legal da madeira. Esse parece ser um resultado positivo, mas de novo o Greenpeace espera por mais detalhes e por mais informações sobre como eles pretendem lidar com o problema da Asia Pulp and Paper (APP), a indústria responsável por causar tantos danos às florestas tropicais da Indonésia. Disney e Hasbro infezlimente ainda não responderam à campanha.
De volta à Indonésia, APP não hesitou em responder ao nosso trabalho, negando que há problemas em suas operações. Em resposta publicada no blog da companhia, a “diretora de sustentabilidade” Aida Greenburry desafiou o Greenpeace a “explicar por que esse foi o momento escolhido para atacar as indústrias de papel e polpa da Indonésia”. Desde o início da campanha deixamos claro que este não é um ataque à indústria da Indonésia; esta é uma campanha para parar a destruição da floresta, onde APP tem um papel importante. Mas por que estamos lançando a campanha agora?

No início deste ano, a Golden Agri Resources (GAR), uma das companhias que, assim como a APP, também fazem parte do grupo Sinar Mas, anunciou uma nova política de conservação das florestas, declarando que eles queriam suas plantações ‘sem pegada de desmatamento’. A companhia anunciou vários compromissos: proteger áreas de conservação; parar o avanço das áreas de desenvolvimento de turfas; proteger áreas responsáveis por armazenagem de grande volume de carbono; e na área social, implementar os princípios do Consentimento Prévio, Voluntário e Fundamentado (FPIC em inglês), em relação ao desenvolvimento de plantações.

Ao mesmo tempo, APP também anunciou um novo “roteiro da sustentabilidade”. Apesar do nome, muito pouco do roteiro é de fato sustentável. O documento confirma que a companhia será dependente da floresta para abastecer suas fábricas até pelo menos 2015, não se compromete a parar o desenvolvimento de plantações de turfa, não inclui avaliações independentes na definição de áreas de alto valor de conservação, está em silêncio sobre FPIC e não faz menção de proteção de áreas com grandes depósitos de carbono.

Em quatro meses desde os anúncios, APP não tomou nenhuma atitude para parar a derrubada de floresta ou turfeiras para suas fábricas de polpa e papel. Este é o motivo pelo qual lançamos a campanha agora.

As respostas da APP até o momento evitaram a maioria dos reais problemas, mas têm tentado reafirmar aos envolvidos que tudo está bem por que a companhia opera legalmente. APP diz que segue a orientação legal do governo da Indonésia e tem a responsabilidade de “cumprir rigorosamente com essas leis”.

Ironicamente, o comunicado à imprensa da APP que diz isso, coincide com a declaração do presidente da força-tarefa responsável pela erradicação da máfia legal na Indonésia. A força-tarefa chama pela reabertura da investigação policial de sérios casos de corte ilegal de madeira em Sumatra, que estão ligados a companhias do grupo Sinar Mas, relacionadas à APP.

Talvez sem surpresas, APP encobertou o fato quando respondeu à nossa campanha. A companhia também não fez referências à nova investigação do Greenpeace que demonstra, uma vez mais, que seus fornecedores estão desenvolvendo plantações em áreas de turfa, algo ilegal de acordo com a lei da Indonésia.

APP está claramente recebendo péssimas orientações de sua agência de relações públicas, a Cohn e Wolfe. É provável que a atual situação complicada da companhia venha a ficar ainda pior, em vez de melhorar. É como disse um estudioso em sustentabilidade em uma carta aberta enviada à companhia: ‘sua comunicação estratégica é um desastre – um estudo de caso global em como fazer tudo errado ao mesmo tempo’. E conclui: ‘é tempo de a companhia ouvir o clamor pelo progresso que está ao redor de vocês”. O Greenpeace não poderíamos estar mais de acordo.

Fonte: greenpeace

Clear2Go, Garrafa com filtro de água

Clear2Go é uma garrafa que supre a necessidade de filtrar água quando se está longe de uma fonte de água potável.
A garrafa inclui um filtro substituível que fica preso a tampa e remove impurezas de até 100 galões de água de torneira por filtro.
O design inclui um sistema de fácil compressão para um fluxo de água rápido, pressionando-a através do filtro na saída e eliminando o sipping (saída em pequena quantidade). Fabricada pela Applica Water Products LLC, comerciante e distribuidora de produtos de filtragem.

Para o desenvolvimento dessa garrafa, eles usaram o copoliéster Eastman Tritan™.
O Tritan™, uma nova geração de copoliéster, que combina as propriedades claridade e resistência geral ao calor e química é fabricado sem o BPA (bisfenol A).
O copoliéster“EastmanTritan™ permitiu criar um produto premium, que melhora a percepção do consumidor de beber de uma garrafa reutilizável. Ao contrário dos materiais plásticos tradicionais, tais como o estireno, a acrilonitrila e o policarbonato, o Tritan™ fornece uma vantagem porque combina resistência superior e maior liberdade de design em um material sem BPA. E um design funcional e bonito é primordial para que o seu uso seja incentivado.
A Applica também escolheu o copoliéster Eastman Tritan™para a garrafa Clear2Go porque ele forneceu um produto durável mesmo quando colocado na máquina de lavar louça, resistente a altas temperaturas, à descoloração e ao odor. Mesmo considerando a repetição de lavagens e o desgaste de todos os dias, a durabilidade e a inerente resistência do Tritan™proporcionam um ciclo de vida estendido à garrafa, aumentando a resistência geral do produto.
Para avaliar a durabilidade e a resistência ao impacto da garrafa Clear2Go, a Applica implementou ensaios de flexão ao choque. Depois que os ensaios iniciais estimularam melhorias no design da garrafa,especialistas da Eastman ofereceram suporte técnico prático, o que ajudou a Applica a garantir que seu produto final atendesse a critérios rigorosos deterceiros para o ensaio de flexão ao choque.
Essa garrafa foi projetada principalmente para pessoas que praticam esportes ao ar livre e precisam se certificar que a água está boa para beber, mas pode muito bem ser usada em áreas urbanas, onde nem sempre tem um filtro por perto e a água encanada não é a melhor para o consumo humano.

Fonte: pack.com.br clear2o.com

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Ecofaxina IV: Faça você mesmo produtos de limpeza ecológicos

Diga adeus aos produtos industrializadosl, foto: Michelle Matheny
A faxina pode até ser chata e desgastante, mas  casa limpinha é uma maravilha. E se você pensa que para isso precisa daqueles produtos industrializados cheios de substâncias tóxicas está enganado.
Além de não serem prejudiciais à saúde, as versões caseiras funcionam tão bem quanto as do supermercado, são bem mais baratas e não agridem o meio ambiente.

((o)) eco selecionou algumas receitas para você fazer sabão, amaciante, desinfetante e outros produtinhos em casa e tornar o seu ritual de limpeza mais sustentável.
Sabão caseiro em barra
Existem várias maneiras de preparar sabão caseiro. Para essa receita, você vai precisar de ½ litro de soda cáustica líquida, 2 litros de óleo ou gordura, 250ml de álcool e 1½ litro de água. Ferva a água e a coloque em um balde com todos os outros ingredientes. Com um cabo de vassoura ou com uma colher de pau, misture bem por mais ou menos 40 minutos. Quando a massa ficar consistente e com uma corzinha creme, forre uma caixa de madeira com um pano, deposite a mistura sobre ele e deixe secar em um local arejado. A pasta pode demorar um pouquinho para endurecer, mas isso é normal. Depois de seco, retire o sabão da caixa puxando pelo pano e corte como desejar.
Mas fique atento: A soda deve ser manuseada com muito cuidado! Não se esqueça de usar luvas de borracha para evitar que ela entre em contato com a pele e cause queimaduras.
Detergente para louças
Ferva, em fogo baixo, duas xícaras de água e 1 xícara de sabão de coco ralado. Mexa até dissolver. Tire do fogo, acrescente mais seis xícaras de água, duas colheres de bicarbonato de sódio, suco de dois limões e misture bem. Depois é só aplicar na louça e esfregar.
Amaciante
Fazer amaciante caseiro é mais fácil do que você imagina. Basta misturar 1 sabonete de glicerina ralado com 2 xícaras de água e levar ao fogo. Deixe ferver até o sabonete dissolver. Depois, acrescente mais 6 xícaras de água, 2 colheres de glicerina liquida e  1 colher de leite de rosas. Misture bem e engarrafe.
Para passar roupas
Uma solução feita com uma colher de sopa de polvilho dissolvida em 1 litro de água facilita a tarefa e ainda não polui o ar.
Desinfetante para banheiro
Separe algumas folhas de eucalipto e deixe de molho em 1 litro de álcool (de preferência 70º) por 2 dias. Depois, ferva 1 litro de água com um sabão caseiro ralado até que ele seja dissolvido. Então, basta adicionar essa mistura à essência de eucalipto e engarrafar.
E para deixar a sua casa com um cheirinho agradável, invista em plantas. Você sabia que, além de perfumar, algumas espécies melhoram o ar do ambiente? A azaleia e o  antúrio, por exemplo, combatem poluentes como amoníaco e são indicados para cozinhas e banheiros. Já o lírio e a flor-do-natal são recomendados para cômodos pouco ventilados, pois funcionam como filtros de ar.

Fonte: oeco

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Peso-pesados pela floresta

Grupo de organizações, como OAB, ABI, CNBB e CUT, unem-se a grupos ambientalistas para tentar desligar a motosserra no Senado.
Lançamento do Comitê Brasil na sede da OAB, pela discussão do Código Florestal
Um grupo de organizações representativas da sociedade lançaram ontem, em Brasília,o Comitê Brasil, para buscar a ampliação do debate sobre a reforma do Código Florestal no Senado.

Composto por órgãos como Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e Central Única dos Trabalhadores (CUT), além de ONGs ambientalistas como o Greenpeace, ele parte do princípio que a defesa das florestas é essencial para que o Brasil possa ser um modelo de desenvolvimento sustentável para o mundo.
Um manifesto divulgado no lançamento dos trabalhos, em evento na sede da OAB em Brasília com a presença de políticos e de personalidades, como Marina Silva e a atriz Cristiane Torloni, foi o ponto de partida e deu o tom do comitê: o projeto de lei aprovado na Câmara, que agora será analisado no Senado, do jeito que está é ruim para os brasileiros e vai contra o que determina a Constituição. Um ambiente saudável é direito de todos, e é dever compartilhado entre cidadãos e poder público mantê-lo.
As consequências de deixar o Código Florestal ser aprovado do jeito que os deputados deixaram equivalem a colocar uma espada sobre as cabeças de todos nós: mais 47 milhões de hectares podem ser desmatados, além dos 29,6 milhões de hectares já destruídos que seriam anistiados, segundo estudo divulgado hoje pelo Ipea.
Leia abaixo a íntegra do manifesto:
Manifesto do Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável do Brasil
Por que tanta polêmica em torno da manutenção do que resta das nossas  florestas? Será possível que ambientalistas, cientistas, religiosos, empresários, representantes de comunidades, movimentos sociais e tantos cidadãos e cidadãs manifestem sua indignação diante do texto do Código Florestal, aprovado pela Câmara dos Deputados, apenas por um suposto radicalismo ou desejo de conflito sem cabimento? Será justo afirmar que os defensores das florestas não levam em conta as pessoas e suas necessidades de produzir e consumir alimentos? Do que se trata, afinal? O que importa para todos os brasileiros?
Importa, em primeiro lugar, esclarecer a grande confusão sob a qual se criam tantas desinformações: não está se fazendo a defesa pura e simples das florestas. Elas são parte dos sonhos de um país com mais saúde, menos injustiça, no qual a qualidade de vida de todos seja um critério levado em conta.  Um Brasil no qual os mais pobres não sejam relegados a lugares destruídos, perigosos e insalubres. No qual a natureza seja respeitada para que continue sendo a nossa principal fonte de vida e não a mensageira de nossas doenças e de catástrofes.
A Constituição Brasileira afirma com enorme clareza esses ideais, no seu artigo 225, quando estabelece que o meio ambiente saudável e equilibrado é um direito da coletividade e todos – Poder Público e sociedade – têm o dever de defendê-lo para seu próprio usufruto e para as futuras gerações.
Esse é o princípio fundamental sob ataque agora no Congresso Nacional, com a aprovação do projeto de lei que altera o Código Florestal. 23 anos após a vigência de nossa Constituição quer-se abrir mão de suas conquistas e provocar enorme retrocesso.
Há décadas se fala que o destino do Brasil é ser potência mundial. E muitos ainda não perceberam que o grande trunfo do Brasil para chegar a ser potência é a sua condição ambiental diferenciada, nesses tempos em que o aquecimento global leva a previsões sombrias e em que o acesso à água transforma-se numa necessidade mais estratégica do que a posse de petróleo. Água depende de florestas. Temos o direito de destruí-las ainda mais? A qualidade do solo, para produzir alimentos, depende das florestas. Elas também são fundamentais para o equilíbrio climático, objetivo de todas as nações do planeta. Sua retirada irresponsável está ainda no centro das causas de desastres ocorridos em áreas de risco, que tantas mortes têm causado, no Brasil e no mundo.
Tudo o que aqui foi dito pode ser resumido numa frase: vamos usar, sim, nossos recursos naturais, mas de maneira sustentável. Ou seja, com o conhecimento, os cuidados e as técnicas que evitam sua destruição pura e simples.
É mais do que hora de o País atualizar sua visão de desenvolvimento para incorporar essa atitude e essa visão sustentável em todas as suas dimensões. Tal como a Constituição reconhece a manutenção das florestas como parte do projeto nacional de desenvolvimento, cabe ao poder público e nós, cidadãos brasileiros, garantir que isso aconteça.
Devemos aproveitar a discussão do Código Florestal para avançar na construção do desenvolvimento sustentável. Para isso, é de extrema importância que o Senado e o governo federal ouçam a sociedade brasileira e jamais esqueçam que seus mandatos contêm, na origem, compromisso democrático inalienável de respeitar e dialogar com a sociedade para construir nossos caminhos.
O Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável, criado pelas instituições abaixo assinadas, convoca a sociedade brasileira a se unir a esse desafio, contribuindo para a  promoção do debate e a apresentação de propostas, de modo que o Senado tenha a seu alcance elementos para aprovar uma lei à altura do Brasil.
Brasília, 7 de junho de 2011
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)
Associação Brasileira de Imprensa (ABI)
Central Única dos Trabalhadores (CUT)
Forum de ex-ministros de meio ambiente
Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social,
Movimento SOS Florestas
Via Campesina
Federação de Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf Brasil)
Grupo de Trabalho Amazônico (GTA)
Comitê Intertribal da Rio+20
Associação Brasileira das ONGs (ABONG),
Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC)
Rede de Juventude Pelo Meio Ambiente (REJUMA)
Movimento Amazônia para Sempre
Movimento Humanos Direitos (MUDH)
Instituto Democracia e Sustentabiliade (IDS)
Greenpeace Brasil
Instituto Socioambiental (ISA)
Movimentos dos Trabalhadores Sem Terra (MST)
Movimento de Mulheres Camponesas (MMC)
Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA)
Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB)
Associação (Apremavi)
Imaflora
Instituto Centro de Vida (ICV)
Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM)
WWF Brasil
SOS MATA ATLÂNTICA
Associação Alternativa Terrazul
Vitae Civilis
Federação de Órgãos para a Assistência Social e Educacional (FASE)
IBASE
Sinpaf – Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário
Fórum Nacional de Reforma Urbana
Rede Ecumênica da Juventude (REJU)
Instituto Sociedade População e Natureza (ISPN)
Instituto de Estudos Socioeconômicos (INESC)
SOS Clima Terra
Movimento Inovação Brasil (MIB)
Instituto Políticas Alternativas para o Cone Sul (PACS)

Fonte: Greenpeace

Nuclear nos outros é refresco


Em protesto na embaixada, Greenpeace denuncia incoerência alemã, que baniu energia atômica mas mantém crédito para construir Angra 3.
Na porta da embaixada alemã, pedimos o fim do incentivo para nuclear no Brasil.
Ativistas do Greenpeace bateram à porta da embaixada alemã em Brasília na manhã de hoje para exigir coerência da chanceler Angela Merkel em sua política nuclear.
Ela anunciou no final de maio que até 2022 não haverá mais energia atômica na Alemanha, mas não suspendeu em definitivo a antiga parceria com o Brasil para a construção da usina de Angra 3.

Na porta da embaixada, os ativistas exibiram um cartaz com a frase “Merkel, não dê dinheiro para nuclear no Brasil”, estampada com fotos de seguidores do Greenpeace nas redes sociais: as imagens acompanhavam uma frase de protesto contra a construção de Angra 3. Foram mais de 250 fotos recebidas em pouco mais de um mês de mobilização. Uma carta com o pedido de suspensão do financiamento foi protocolada na embaixada.

Veja o vídeo:
Angra 3 conta com 41,4% de capital internacional, ou cerca de R$ 3 bilhões, valor acordado entre o Brasil e a Alemanha, parceiros atômicos desde a década de 1970. O aporte vem de uma associação de bancos europeus, com garantia de empréstimo dada pela Hermes, agência estatal de crédito alemã. É o único atrativo para os bancos e para a empresa que fornecerá maquinário para a usina, a francesa Areva.
Veja a galeria de imagens do protesto:

“Se o governo alemão entendeu que a energia nuclear deve ser banida do seu país, deveria manter a coerência em sua política externa e cancelar este crédito para o Brasil”, diz Pedro Torres, da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace. “A garantia alemã dá uma falsa impressão de segurança ao negócio.” A Alemanha também ainda não se pronunciou sobre se pretende seguir exportando os equipamentos e a tecnologia que agora querem ver pelas costas – que equivale a manter empregos alemães à custa da segurança dos brasileiros.

Caso o dinheiro de fora não venha, os custos totais da construção ficarão na mão do BNDES, que já anunciou que repassará a batata quente para os bolsos da Eletrobrás. De qualquer jeito, o contribuinte brasileiro é quem pagaria. O Greenpeace esteve na porta do BNDES no dia 25 de abril, com um pedido pelo fim deste financiamento pelo bem da população – pedido esse que foi negado.

O projeto de Angra 3 conta com tecnologia alemã dos anos 80, considerada obsoleta por sua própria criadora – tanto que, após a crise nuclear em Fukushima (Japão), a Alemanha desligou sete usinas desse período. As demais usinas serão desligadas até 2022 e os planos são de substituí-las por fontes renováveis. 

“Mais que a Alemanha, o Brasil tem todas as condições de crescer com energia limpa. Podemos ter uma matriz energética 100% renovável, abolindo de vez a nuclear do cardápio”, diz Pedro Torres. “O país deveria seguir o exemplo alemão e de outros países que repensaram seus programas nucleares, ao invés de apelar por incentivos financeiros para uma usina jurássica, de energia cara e insegura.”

Fonte: Greenpeace

Ken acaba romance com Barbie

Qui, 09 de Junho de 2011 16:03

zoom
Motivo? Ele não namora garotas que contribuem para o desmatamento no mundo
Após voltar a namorar com Barbie este ano, Ken acabou novamente o romance com a boneca mais famosa do mundo. O motivo é nobre.
Após anos de relacionamento, Ken descobre que as embalagens em que Barbie é vendida são fabricadas a partir de madeira desmatada das florestas da Indonésia, um dos últimos redutos de mata tropical do planeta.
A historinha engraçada é para ser levada a sério. Foram meses de investigação até o Greenpeace descobrir que a Mattel, fabricante da Barbie, compra a matéria-prima de suas embalagens da companhia Asia Pulp and Paper (APP), subsidiária do grupo Sinar Mas, o mais notório destruidor de florestas da Indonésia.
Veja o vídeo:

Para pressionar a maior fabricante de brinquedos do mundo a parar de alimentar a cadeia de destruição de árvores que afeta o habitat dos últimos orangotangos, tigres e elefantes do planeta, o Greenpeace lançou uma ação global contra a fabricante de brinquedos.

O lançamento aconteceu ontem na cidade de El Segundo, nos Estados Unidos, onde fica baseada a sede da Mattel. Lá foi esticada uma faixa gigante com a foto de Ken onde se lia “Barbie, acabou. Eu não namoro garotas que se envolvem com desmatamento”. Oito ativistas foram presos, entre eles uma mulher vestida de Barbie que dirigia uma escavadeira rosa.

O sucesso foi tamanho que os funcionários da companhia lotaram as janelas com celulares em punho filmando e tirando fotos do evento.  

Além dos Estados Unidos, ativistas da Inglaterra, Dinamarca, Finlândia e Taiwan realizaram ações nos mesmos moldes, chamando a atenção para o problema. Em Jacarta, capital da Indonésia, o Greenpeace promoveu uma coletiva de imprensa com presença de meios de comunicação de vários países.
Participe e acompanhe a campanha que pede para que Barbie desista das caixas de papelão feitas com madeira de desmatamento. Escreva para o CEO da Mattel e peça o fim da destruição das florestas.

Fonte: Greenpeace

terça-feira, 7 de junho de 2011

Google Earth estimula geração de energia solar

A cidade de Berlim, na Alemanha, assumiu mundialmente o compromisso de reduzir em 40% suas emissões de CO2 até 2020 – em relação aos níveis de 1990 – e sabe como o governo pretende cumprir essa meta? Com a ajuda de um aplicativo do Google Earth: o Solar Atlas Berlin
O programa, desenvolvido pelo próprio Senado de Berlim, mostra todo o território da cidade em 3D, apontando quais são os telhados – de edifícios públicos, residenciais e comerciais – com maior potencial para a geração de energia solar.



Baseado em critérios como inclinação, incidência de raios solares e período diário em que o telhado fica na sombra, o aplicativo revela o potencial de produção de energia solar de cada cobertura, além dos custos do investimento e do índice de redução de emissões que geraria.

A ideia é mostrar à população e, principalmente, aos grandes empresários que a produção de energia solar é rentável e, assim, estimular a instalação de painéis solares nos locais apontados pelo aplicativo como interessantes economicamente. Os proprietários dos telhados podem escolher fazer o investimento ou passa-lo para empresários interessados – e, no caso dos prédios públicos, abre-se licitações.

Por enquanto, o aplicativo já mapeou cerca de 500 mil telhados de Berlim e, em aproximadamente um ano, estimulou a implantação de mais de 60 sistemas de produção de energia solar nas coberturas da cidade – em prédios como o da Câmara Municipal de Berlim e do famoso hotel Weißensee.

A iniciativa está dando tão certo que foi apresentada como exemplo de estímulo às energias renováveis em ambientes urbanos, durante a C40 São Paulo Summitconferência que reuniu prefeitos e representantes das maiores metrópoles do planeta para trocar experiências e debater ações de combate e adaptação às mudanças climáticas. Já pensou se a ideia se espalhar para outros países? 

Para acessar o Solar Atlas Berlin, é preciso instalar a versão 6.0 do Google Earth e, em seguida, fazer o download do aplicativo, em alemão. Há ainda uma versão simplificada do Atlas, em 2D, que não necessita de nenhum outro programa para ser baixada.

Fonte: PlanetaSustentavel

Consumo colaborativo é o novo escambo 2.0

Através da teoria dos 3Rs - redução do consumo de resíduos, reutilização dos produtos e reciclagem - o consumo colaborativo tem crescido no País.
Trocar e compartilhar bens de consumo e não comprá-los. Essa é a ideia sustentável por trás do consumo colaborativo,
fenômeno que vem crescendo em todo o mundo e que aos poucos chega ao Brasil.

A tendência do consumo colaborativo cresce em torno da teoria dos 3Rs (três erres): redução do consumo de resíduos, reutilização dos produtos e reciclagem ao final da vida útil. A transformação do bem em serviço é o que faz a proposta ser tão atraente para a expansão do pensamento de que "o que é seu, também é nosso".

São serviços que através da internet adaptam a antiga prática do escambo à era digital com a criação de websites que oferecem a troca, aluguel, empréstimo e até doações de qualquer tipo de bem, sem equiparação de valor.

As ofertas são as mais inusitadas possíveis. Vão desde o aluguel de carros por períodos fracionados em horas, empréstimo de furadeira para uma reforma rápida ou a troca de um livro que estava encostado na estante.

Foi um movimento que ganhou força nos Estados Unidos e Europa após a crise econômica mundial de 2008 e que fez com que os consumidores desses países buscassem alternativas para economizar dinheiro e tirar alguma vantagem no reuso de produtos que já possuíam.

Nos Estados Unidos, sites como o Swap são febre entre os consumidores e suas ações costumam também ir além da rede mundial de computadores. O serviço realiza campanhas para troca de livros e uniformes em escolas infantis, incentivando desde o início as crianças a desenvolverem uma consciência de consumir menos e compartilhar mais.

Mas no Brasil isso ainda não ocorre com tanta força, pois a classe média ainda está em crescimento e, portanto, consegue comprar mais, diminuindo essa margem para o empréstimo ou troca de produtos.

Porém, a consciência ambiental dos brasileiros é considerada mais representativa do que em outras regiões e é justamente neste pensamento sustentável que sites de consumo colaborativo no Brasil apostam para um rápido crescimento desse novo mercado que poderá ajudar a reduzir o impacto da materialização desenfreada entre os cidadãos e do acúmulo de lixo e resíduos sobre o meio ambiente.

Por aqui alguns sites já começam a se destacar oferecendo diversas opções de serviços, como o aluguel fracionado de carros da Zazcar, o espaço de coworking da The Hub, o bazar virtual Enjoei e até de crowdfunding do Catarse onde é possível pedir apoio financeiro a projetos.

É o momento de criar esse pensamento colaborativo. O consumo individual e desenfreado já é algo do século passado. Compartilhar produtos é a mais nova e melhor alternativa já criada", afirma Gabriel Schon, criador do INIO (I Need, I Offer), sistema de trocas e consumo colaborativo para Facebook.

O INIO surgiu há pouco mais de dois meses como parte do trabalho de conclusão de curso (TCC) da faculdade de TI que Gabriel cursava. A ideia veio da vontade de adquirir uma câmera fotográfica para realizar um projeto. Mas ao perceber o alto preço que teria de pagar por ela, resolver criar um espaço onde os conhecidos poderiam trocar qualquer tipo de objeto.

E este é um dos motivos pelo qual optou por utilizar a plataforma do Facebook para lançar seu serviço. Segundo Schon, a rede social permite criar uma maior confiança entre os usuários, pois seria possível avaliar o perfil da mesma e manter contato por meio de um canal em comum.

Atualmente já existem mais de 1.100 pessoas cadastradas no serviço, e que trocam ou emprestam os mais variados produtos como livros, jogos de videogame e mesmo CDs. Na opinião de Schon, essa cultura colaborativa pode diminuir até a pirataria de produtos.

"Aqui temos a cultura do descuido com coisas emprestadas - não é meu, não vou cuidar muito. Com esse tipo de serviço pretendo ajudar a desenvolver um respeito mútuo entre os usuários. A cada remessa de registro converso com cada novo integrante, recebo sugestões, e venho tendo um retorno bastante positivo", aposta Schon.

As diferenças culturais e a desconfiança natural do brasileiro podem explicar os motivos de tais serviços ainda não serem tão reconhecidos pelos consumidores. Mas há aqueles que acreditam numa rápida adaptação e que há algum tempo já tiram proveito, inclusive profissionalmente, do consumo compartilhado.

A artesã Elza Dupré teve seu primeiro contato com este tipo de serviço em 2008, ao procurar por comunidades brasileiras no site norte-americano FreeCycle. Conseguiu obter sem nenhum custo diversos materiais como retalhos de tecidos, espelhos usados, pedaços de vidro, tudo que poderia utilizar em seus trabalhos artísticos, que são voltados ao ecologicamente correto.

Até sua bancada de trabalho foi obtida e construída através da doação de uma porta usada e de um cavalete. Em contrapartida, Dupré afirma já ter doado um violão que estava encostado a uma criança que queria aprender a tocar.

"Só há vantagens em ser sustentável! O interesse me veio pelo fato de ser um site de doações, onde o objetivo principal é a reutilização e reciclagem de objetos e utensílios. É incrível como não temos idéia de que qualquer coisa que não nos sirva ou interessa mais, pode ser útil para outra pessoa", afirma Dupré.

Outro serviço que promete ajudar na expansão do consumo colaborativo no Brasil é o DescolaAí, que além da troca, também possibilita o aluguel de bens. O site possui um sistema que localiza o usuário mais próximo geograficamente daquele que procura o produto e os coloca em contato para acertarem os valores e prazos do aluguel.

Para aumentar a segurança, ao iniciar a negociação, o sistema gera um código para os usuários se identificarem. Quem for alugar o produto, também deverá informar os dados do cartão de crédito e somente após a devolução é que o valor será debitado da fatura. Os envolvidos também pontuam a ação um do outro, criando assim um ranking dos mais confiáveis.

"O DescolaAí" nasceu quando, olhando a quantidade de lixo que estamos coletando via TerraCycle, começamos a nos perguntar como evitar a geração de resíduos. Fui atrás de projetos internacionais, mas nenhum atendia as necessidades do projeto para o Brasil. Isso porque o brasileiro é desconfiado, então o maior investimento do projeto até agora está no desenvolvimento da tecnologia aplicada, para darmos total segurança para os usuários", diz Guilherme Brammer, presidente do TerraCycle no Brasil e criador do site DescolaAí.

Atualmente o site está em fase de pré-cadastro e já possui mais de 1200 inscritos. Segundo Brammer, o serviço será lançado ainda neste mês de junho e a expectativa é que o DescolaAí alcance 100 mil usuários até o meio de 2012.

A internet e a significativa inserção das redes sociais na sociedade estão proporcionando poderosas ferramentas de colaboração que vão além do simples fato de conectar as pessoas e permitem modificar fisicamente o mundo real com ações mais conscientes e responsáveis.

"Dar às pessoas a oportunidade de tomarem atitudes sustentáveis com relação ao consumo é outro aspecto positivo. Atitudes que refletem no dinheiro que não será gasto com a compra, no espaço que não será necessário para guardar o objeto depois do uso e no aumento do aproveitamento do tempo de vida útil do produto. A ideia tende a ganhar cada vez mais espaço", aposta Brammer.

Fonte: PlanetaSustentável

domingo, 5 de junho de 2011

5 de junho: lute pelo meio ambiente


© WWF-Brasil
Uma das maiores ameaças de retrocesso na proteção às florestas brasileiras é a proposta ruralista para reformas do Código Florestal.
A legislação ambiental e os recursos naturais brasileiros estão sob novo ataque,
mais uma vez protagonizado por setores que colocam seus interesses à frente do desenvolvimento sustentável do país.

O cenário é de desmatamento e violência em alta, megaobras que ameaçam a biodiversidade e culturas tradicionais e política na contramão de um planeta que enfrenta as mudanças do clima.

Por tudo isso, este Dia Mundial do Meio Ambiente1 é o momento de renovar o engajamento e a luta contra modelos ultrapassados de desenvolvimento e retrocessos que custarão caro ao futuro do Brasil. É tempo de ação.

Demonstre sua contrariedade com os rumos da política nacional pendurando tecidos pretos nas janelas e sacadas, carregue bandeiras, amarre faixas em seu braço. Proteste e aja pela conservação, recuperação e bom uso de nossas riquezas naturais. Veja o que você pode fazer.

Uma das maiores ameaças de retrocesso é o Projeto de Lei 1876/1999, a proposta ruralista para reformas do Código Florestal. Entidades civis ligadas ao movimento SOS Florestas se debruçaram sobre o relatório do deputado federal comunista Aldo Rebelo (SP) e concluíram que o projeto de reforma representa grave ameaça às florestas e a própria agropecuária brasileiras.  O Código Florestal em vigor é uma Lei do Futuro, na medida em que protege a produção agrícola, as fontes de água e a megadiversidade brasileira por meio dos serviços ecológicos prestados pelas áreas de proteção permanente (APPs) e pelas reservas legais (RL).

A proposta aprovada na Câmara dos Deputados em 24 de maio e agora em análise pelo Senado Federal  incentiva o desmatamento em todo o país, dribla a necessária recuperação de áreas degradadas, anistia desmatadores ilegais, retira a proteção de manguezais, veredas e outras áreas protegidas, reduz a proteção de rios, córregos e outros cursos d´água e reduz a necessidade de florestas em propriedades rurais na Amazônia.

Também repassa a estados e municípios o direito de autorizar desmates, não incorpora novos instrumentos de promoção à recuperação e conservação ambiental, prejudica metas nacionais de proteção da biodiversidade e de redução de emissões e, ainda, ameaça as exportações para mercados globalizados e cada vez mais exigentes de itens produzidos com sustentabilidade. Veja aqui mais informações.

Antes de alcançar o escaninho da Presidência da República, onde a legislação poderá ser total ou parcialmente vetada, há chances de que receba melhorias no Senado, onde Jorge Viana (PT/AC) será o relator do texto na Comissão de Meio Ambiente. O projeto será relatado nas comissões de Agricultura e de Constituição e Justiça pelo senador Luiz Henrique (PMDB-SC).

Comunidade científica, produtores rurais de todos os portes, sociedade civil e entidades ambientalistas têm exposto claramente sua contrariedade ao texto ruralista e propõem debates ampliados e democráticos sobre as necessárias melhorias no Código Florestal. Alterar a legislação sem a devida cautela põe em jogo a sustentabilidade de setores estratégicos para o país.

Além disso, as alterações na lei dedicada a garantir um bom uso das florestas têm total interdependência com outros avanços que o Brasil tem registrado nos últimos anos, como ampliação da área protegida em unidades de conservação, redução das taxas anuais de desmatamento, manutenção de uma matriz energética renovável e o encaminhamento de políticas voltadas ao pagamento por serviços ambientais.



Fonte: WWF

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Neste fim de semana tem Virada Sustentável em São Paulo

Quem mora na capital paulista já tem um bom programa para os dias 4 e 5 de junho: a primeira edição da Virada Sustentável, que terá mais de 300 atrações gratuitas espalhadas por 60 locais diferentes da cidade. Serão realizados shows, peças de teatro, workshops, exposições e oficinas relacionadas ao meio ambiente e à sustentabilidade.
A programação começa no sábado, às 8 da manhã, com uma aula de meditação e
Yoga nos parques Villa-Lobos, Ibirapuera e Água Branca. Continua com atividades como a exibição de documentários sobre mudanças climáticas, uma caminhada educativa para mostrar os efeitos da poluição nos parques de São Paulo, feira de troca de livros, CDs, roupas e brinquedos e oficinas que ensinam o cultivo de hortas, artesanato e reciclagem. Para as crianças, haverá atividades educativas.

O Estadão destaca “o circuito popular de corrida de rua no Parque Ecológico do Tietê; a instalação “Urban Trash Art”, com lixo reciclado, no Museu da Imagem e do Som (MIS); uma mostra de cinema com filmes engajados, no Instituto Goethe; a exposição “Somos Terra” com jogos e peças interativas sobre a natureza, no Parque Ibirapuera; uma palestra sobre bioconstrução na Universidade de São Paulo (USP); a feira de troca de livros, CDs, roupas e brinquedos na Rua Fidalga, na Vila Madalena”.
Confira a lista completa com os locais e horários de cada atração aqui.



A Virada Sustentável é uma iniciativa das secretarias municipal e estadual do Meio Ambiente (SVMA e SMA), da Rede Nossa São Paulo e do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), apoiadas por um grupo de empresas patrocinadoras . A expectativa é de que 2 milhões de pessoas participem do evento, número que leva em conta as pessoas que devem ter contato com a Virada em locais movimentados, como o Parque Ibirapuera e estações de metrô.
Segundo a organização do evento, desde o início houve a preocupação de pulverizar sua programação em diferentes locais da cidade para evitar grandes deslocamentos e grandes aglomerações em um único local. “Outro cuidado foi o de não promover atrações apenas em lugares visitados pela população das classes média e alta, o que explica a presença de atividades nas regiões periféricas da cidade, como os bairros de Capão Redondo, na zona Sul, ou Belém, na zona Leste”, explica o jornalista André Palhano, um dos organizadores.
E, já que o tema principal da Virada é a sustentabilidade, uma das empresas que a apoiam pretende fazer um inventário de gases causadores do efeito estufa emitidos durante a maratona, levando em conta o público, o consumo de água e  energia e a utilização dos transportes, e promete plantar de 4 mil a 6 mil árvores para neutralizar a emissão de ?gás carbônico.

Fonte: oeco



quinta-feira, 2 de junho de 2011

Ibama autoriza a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará

Em Brasília, ambientalistas e índios protestam contra construção da usina de Belo Monte

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) autorizou, nesta quinta (01), a instalação da polêmica Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, Estado do Pará.
Segundo o Ibama, o licenciamento "foi marcado por robusta análise técnica e resultou na incorporação de ganhos socioambientais", ressaltando que o projeto deve garantir pequenas vazões na Volta Grande do Xingu para que os modos de produção das comunidades ribeirinhas não sejam totalmente afetados.
Com um slogan que se auto-proclama a terceira maior hidrelétrica do mundo, a Usina de Belo Monte vem acompanhada de inúmeros conflitos. São artigos, protestos, embargos, paralisações de obras, demissões, licitações duvidosas e, para completar, uma manifestação da Comissão de Direitos Humanos da OEA (Organização dos Estados Americanos) solicitando o interrompimento imediato das obras de construção da usina, advertindo para a transgressão dos direitos das comunidades indígenas e ribeirinhas da bacia do rio Xingu, caso a construção fosse levada adiante.
A atuação de movimentos ambientalistas também conquistou grande destaque. Os grupos argumentam que o Rio Xingu terá todo o seu rico complexo de fauna e flora destruído, afetando a sobrevivência de índios e ribeirinhos da região. Em seu trecho natural, o rio atravessa importantes áreas de reservas indígenas do Pará, além de ser habitat natural de espécies como o pirarucu - o maior peixe de água doce do mundo -, o tambaqui, o boto, as tartarugas gigantes e os golfinhos de água-doce.
Para amenizar as críticas, uma série de condições foram impostas pelo Ibama à empresa detentora da concessão. A Nesa (consórcio Norte Energia) terá de implementar melhorias em saúde, educação, saneamento e segurança pública nas cidades de Altamira e Vitória do Xingu, as mais atingidas pelo aumento do leito do rio. Além disso, a empresa se responsabilizará pelo papel, que é do Estado, de fiscalizar os crimes ambientais na região, como o tráfico de animais silvestres e a exploração ilegal de madeira nativa. Ao todo, a Nesa terá de investir cerca de R$ 100 milhões de reais na conservação ambiental.
Belo Monte está entre as principais obras do PAC, Programa de Aceleração do Crescimento, que foi um dos principais argumentos eleitorais na candidatura de Dilma Roussef. Sua construção deve ser concluída até o começo de 2015.