segunda-feira, 30 de maio de 2011

This: a escova de dentes biodegradável que veio do Oriente



Que tal usar uma escova de dentes 100% natural?, foto: Leen Sadder

Que tal trocar a escova dental de plástico por uma feita a partir de uma matéria-prima natural? Pois a designer libanesa Leen Sadder redesenhou uma escova que é exatamente assim: ela é biodegradável e dispensa o uso de pasta de dente.
Só não se assuste com a sua aparência incomum: a This nada mais é do que um Miswak – um galhinho da árvore salvadora pérsica popular como instrumento de higiene bucal no Oriente Médio, no Paquistão e na Índia.

A prática é antiga, mas coube a Sadder redesenhá-la e torná-la um produto para o consumidor ocidental, já que poucas pessoas se animariam com o metódo, para fazer a ponta, de ter que arrancar um pedaço do galho a mordidas depois de cada uso. Por isso, ela criou uma embalagem atraente com uma tampa semelhante a um cortador de charuto. Na hora de escovar os dentes, basta girar a tampa cortante sobre o galho, arrancar a casca protetora e liberar as cerdas com os dedos. Depois é só escovar os dentes normalmente e cortar, após o uso, as cerdas já utilizadas.


Sadder criou uma tampa semelhante a um cortador de charuto, foto: Leen Sadder
O Miswak é tão eficiente quanto outros produtos de higiene bucal. Sua ação pode ser comparada a desinfetantes como o triclosan e o gluconato de clorexidina, pois suas cerdas possuem propriedades antimicrobianas, limpam a boca e evitam o mau hálito. Por isso, algumas pesquisas sugerem que, se usado de maneira correta, o galhinho pode ser até mais eficaz do que as escovas de dente convencionais.

Por enquanto, a escova This ainda não está sendo comercializada, mas outras versões de Miswaks estão à venda na internet.

Fonte: oeco

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Ecofaxina III: tirando manchas sem usar produtos químicos

O maior truque para se livrar das manchas é agir rapidamente, foto: Robert Hruzek

Tem coisa melhor do que começar o dia com um cafezinho fresco? Mas basta um breve descuido para que, no meio da correria, um daqueles pequenos acidentes do dia-a-dia aconteça:

aquele respingo atinja a sua camisa e ponha fim ao seu bom humor. Afinal, as manchas são difíceis de remover na hora da lavagem.

Da próxima vez em que a pressa, mau jeito ou mero azar resultarem em uma mancha, não se preocupe. ((o))eco reuniu as melhores dicas para você se livrar dessas marquinhas indesejadas sem produtos químicos.

Sujou, lavou

O segredo para não sofrer na hora de remover uma mancha é agir rapidamente. Quanto mais tempo a substância passar em contato com o tecido, mais difícil será a remoção de suas marcas.

Evite esfregar

Procure eliminar os sinais antes de começar a esfregar a roupa, removendo o excesso com uma toalha absorvente ou com água fria e deixando a peça de molho. Quando esfregamos fortemente uma mancha de vinho, por exemplo, fazemos com que a bebida atinja as fibras mais profundas do tecido, o que pode dificultar ainda mais a sua remoção.

Não use água quente

Uma vez em contato com água quente, a mancha tende a se fixar no tecido. Claro, como você vai ver a seguir, o procedimento depende do tipo de marca a remover. Mas, na dúvida, opte sempre pela água fria.

Adeus alvejante

Aqueles três ingredientes básicos de uma ecofaxina – vinagre branco, bicarbonato de sódio, limão – são suficientes para manter a brancura das suas roupas. Adicione meia xícara de vinagre branco e uma xícara de bicarbonato de sódio durante o ciclo da lavagem da sua máquina e deixe que ela faça o resto do trabalho. Para remover manchas amareladas, você pode optar pelo limão. Basta deixar as peças brancas de molho em água morna com mais ou menos quatro xícaras de suco e alguns pedaços de limão por uma hora. Depois é só lavar normalmente. Elas ficarão cheirosas e sem aparência desbotada.

Molho de tomate

A tradicional macarronada de domingo sempre acaba deixando os seus rastros. Para remover manchas de suco e molho de tomate, esfregue um limão sobre o local atingido, enxágue e deixe secar. Se ainda houver vestígios, molhe a peça em uma solução de 1/4 de água morna, 1/2 colher de chá de detergente e uma colher de sopa de vinagre branco por 15 minutos. Enxágue e lave.

Vinho tinto

Se estiver em um restaurante e não puder combater a mancha naquele momento, ao chegar em casa, ferva a peça atingida em uma vasilha com leite e deixe de molho até a mancha sumir. Vinagre, glicerina e perborato de sódio também podem ser usados para remover marcas de vinho, café e chá.

Óleo e gordura

Despeje água fervente sobre a mancha. Aplicar um pouco de maizena ou de bicarbonato de sódio sobre a área a ser limpa também ajuda a suavizar a marca.

Ferrugem

Cubra a área manchada com sal, aplique suco de limão por cima e coloque no sol por aproximadamente 20 minutos. Depois ponha um pano branco sobre a roupa e passe o ferro quente. Assim que mancha sair, lave a roupa normalmente.

Graxa

A margarina vegetal ajuda a tirar as manchas de graxa. Coloque um pouco sobre a área a ser limpa, deixe por alguns minutos, depois lave normalmente.

Ovo

Antes de lavar, aplique uma pasta de sal (sal com gotinhas de água) sobre a mancha. Depois, siga com a lavagem normal, mas lembre-se de não usar água quente.

Sangue e Tinta de caneta

Da próxima vez que uma caneta estourar no bolso da sua camisa preferida, não se desespere. Deixe a peça de molho em leite antes de lavar. Essa técnica pode ser utilizada para tirar manchas de sangue ou, se preferir, deixe a roupa atingida de molho em uma solução de água fria com sal.

Batom e maquiagem

Para esse tipo de marcas, a glicerina pode funcionar muito bem, mas aplique somente sobre a mancha. Depois, lave normalmente com água morna.

Essa lista não esgota o assunto. Quando se trata de remoção de manchas, cada um tem o seu truque. Se você tiver alguma ideia que não apareceu por aqui, compartilhe com a gente! Na semana que vem, a série continua com Ecoreceitas de detergente, amaciante e desinfetante.
Fonte: oeco

Etiqueta verde

O primeiro selo de greenbuilding foi estampado num empreendimento brasileiro há menos de quatro anos. De lá para cá, outros 22 edifícios concluídos conquistaram os certificados LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) e AQUA (Alta Qualidade Ambiental), além dos 21 que receberam a etiqueta do Procel Edifica.
Há ainda o novo Casa Azul, da Caixa Econômica Federal, com cerca de dez projetos em fase de análise, e o inglês BREEAM (Building Research Establishment Environmental Assessment Method), que flerta com um grupo de incorporadores brasileiros.

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A fila de candidatos à certificação no Brasil chega a 270 projetos. "É pouco, já que somente no estado de São Paulo existem 80 mil condomínios residenciais. Mas esse movimento está mudando no mercado imobiliário", avalia Luiz Henrique Ferreira, da consultoria Inovatech Engenharia. Para ele, as certificações ajudam a promover a construção sustentável, sobretudo quando a conquista do selo é resultado de um trabalho bem-intencionado, e não um fim em si.

De todo modo, eles atestam as condições de obra e projeto que viabilizam o funcionamento ecoeficiente do edifício (a certificação de uso e operação é mais recente). "No início bastava ter um selo para se diferenciar. Agora que a oferta cresceu, já tem comprador olhando para o tipo de selo", diz Marcelo Takaoka, presidente do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS). Saiba como funcionam essas certificações.
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LEED - Leadership in Energy and Environmental Design ou Liderança em Energia e Design Ambiental:Desenvolvido pelo Conselho de Green Building dos Estados Unidos (USGBC), esta certificação aportou com força no Brasil no final de 2006, com a criação do Green Building Council Brasil, espécie de filial da entidade que trabalha na divulgação do certificado, bem como no treinamento de profissionais e na promoção e adaptação de leis e regras capazes de incentivar a construção sustentável no país. "O LEED é um instrumento de educação para todo o setor, em que todos saem ganhando", afirma Nelson Kawakami, diretor executivo do GBC Brasil.
Categorias: Novas Construções; Fachadas e Áreas Comuns em Prédios Comerciais (Core and Shell); Operação e Manutenção de Edifícios Existentes e Interiores Comerciais.
Critérios de avaliação: o empreendimento precisa contabilizar créditos nos checklists relacionados aos temas Localização, Uso racional de água, Energia e Atmosfera, Qualidade ambiental interna e Materiais e Recursos, que somam até 110 pontos. Há ainda um sexto item destinado à Inovação. Níveis: dependendo da pontuação atingida, o empreendimento é classificado como Certificado (49), Silver (59), Gold (79) ou Platinum (acima de 80 pontos).
Como funciona: o empreendedor registra o projeto no sistema de certificação do Green Building Council Institute pelo site www.usgbc.org e paga uma taxa de US$ 400. Depois, compõe uma equipe - que pode ou não contar com uma consultoria de profissional LEED AP (acreditado pelo LEED) - para acompanhar o processo e enviar relatórios à certificadora nas fases de projeto, além de memoriais de cálculo, relatórios de obra e testes de comissionamento. Ao término da obra, ocorre a avaliação final e o empreendimento recebe a certificação de acordo com os créditos acumulados.
Custo: cerca de R$ 1 por m2, com valor mínimo de R$ 5 mil para construções com até 5 mil m2 e máximo de R$ 50 mil para obras acima de 50 mil m2. Já a consultoria terceirizada custa, em média, 0,5% do valor da obra. Certificados: cerca de 250 empreendimentos registrados no Brasil, sendo 20 já certificados.
Contato: www.gbcbrasil.org.br
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AQUA - Alta Qualidade Ambiental: Lançada em 2008 como a primeira certificação criada no Brasil, é fruto de um acordo entre a Fundação Vanzolini, de São Paulo, e o instituto francês CSTB (Centre Scientifique et Technique du Bâtiment), por meio da subsidiária HQE (Haute Qualité Environnementale). Seu referencial técnico para edifícios habitacionais, de 2009, foi desenvolvido em convênio firmado com a Cerqual, do Grupo Qualitel, certificadora francesa de empreendimentos residenciais sustentáveis.
Categorias: há referenciais técnicos para Novas Construções Habitacionais (pioneiro no gênero no Brasil); Reformas de Edifícios Não Habitacionais; Edifícios em Operação e Uso Não Habitacional, Edifícios Novos - Escritórios e Escolas; Edifícios Novos - Hotéis e Centros de Cultura e Edifícios Novos - Comércio (lojas, shopping centers etc.).
Avaliação: o sistema é composto por 14 critérios com perfis de desempenho, divididos em quatro grupos: Ecoconstrução, Ecogestão, Conforto e Saúde.
Níveis: cada critério é classificado como bom, superior ou excelente. Para obter o selo, é preciso ser bom em todos os critérios e atingir, no mínimo, quatro marcas no nível superior e três no nível excelente. Para o coordenador executivo do Processo AQUA, Manuel Carlos Reis Martins, a avaliação por desempenho favorece a busca por novas soluções. "O AQUA não cobra tecnologias predefinidas. Ele não diz, por exemplo, que o empreendimento deve ter aquecimento solar de água, mas sim que deve economizar energia", comenta.
Como funciona: registrado na Fundação Vanzolini, o projeto passa por três auditorias presenciais, que certificam o candidato nas etapas de Programa, Concepção, Realização e Operação.
Custo: em média, R$ 25 mil para obras com até 10 mil m2, e R$ 87 500 para empreendimentos com mais de 45 mil m2.
Certificados: 18 empreendimentos certificados, sendo três deles já concluídos.
Contato: www.processoaqua.com.br
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BREEAM O mais novo entre os selos para edifícios em terras brasileiras é também o mais antigo certificado ambiental para edifícios, no mercado desde 1992. Por enquanto, apenas um projeto no Brasil está em busca do selo. Trata-se do Movimento Terras, empreendimento de oito casas em execução em Petrópolis, RJ. A vila foi projetada pelos escritórios Levisky Arquitetos Associados, Miguel Pinto Guimarães Arquitetos Associados e Bernardes e Jacobsen Arquitetura, sob coordenação do escritório Sérgio Conde Caldas Arquitetura. A arquiteta brasileira Viviane Cunha, consultora da equipe, é a única profissional na América Latina credenciada pelo BREEAM para oferecer consultoria em projetos candidatos à certificação pelo sistema inglês. "É um sistema rigoroso que prima pela prevenção de impactos ambientais e não remediação. Outra vantagem é a alta capacidade de se adaptar a diferentes locais", diz a arquiteta. Segundo ela, ainda não há normas específicas para o Brasil. Nesses casos, o BREEAM disponibiliza uma versão internacional, que vai sendo aperfeiçoada à medida que novos empreendimentos na mesma região são certificados.
Categorias: qualquer tipo de edifício pode ser certificado, inclusive comunidades inteiras.
Avaliação: gerenciamento, energia, água, transporte, materiais, poluição, saúde e bem-estar, uso da terra e ecologia e resíduos. Cada critério deve ser atendido em proporções mínimas preestabelecidas.
Níveis: Pass (30%), Good (45%), Very Good (55%), Excellent (70%) e Outstanding (85%). Os números correspondem ao percentual de atendimento dos critérios de avaliação.
Como funciona: o projeto é registrado no BREEAM, que exige relatórios periódicos minuciosos para comprovar evidências da qualidade do projeto a cada estágio e após a construção - e que somam pontos para a certificação, concedida ao final da obra. Tudo ocorre à distância, por laudos emitidos pela empresa licenciada, mas podem ser feitas auditorias presenciais a qualquer momento. Anualmente, os critérios são revistos.
Custos: conforme o tamanho do empreendimento. O projeto da vila fluminense (que pode chegar a 2 400 m2) custará cerca de R$ 30 mil.
Certificados: mais de 110 mil edifícios, em vários países.
Contato: www.breeam.org
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PROCEL EDIFICA: Parceria entre a Eletrobrás e o Inmetro, a Etiqueta de Eficiência Energética em Edificações foi lançada em 2009 para prédios comerciais e públicos, como parte do Programa Brasileiro de Etiquetagem e com a missão de incentivar a eficiência energética nas edificações. O órgão que faz a outorga é o Laboratório de Eficiência Energética em Edificações (LabEEE), da Universidade Federal de Santa Catarina. Em novembro de 2010, o programa lançou a versão para empreendimentos residenciais. "O consumo de energia elétrica vem subindo no Brasil junto com o PIB", explica Solange Nogueira, chefe da Divisão de Eficiência Energética em Edificações da Eletrobrás.
Categorias: Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos; Edifícios Residenciais Novos e Existentes; Apartamentos e Áreas Comuns de Edifícios Residenciais.
Avaliação: nos edifícios comerciais, a etiqueta julga a envoltória do prédio (fachadas e cobertura), iluminação e condicionamento de ar. Já nos habitacionais, são avaliados a envoltória e o sistema de aquecimento de água. Há ainda bônus para inovações que promovam eficiência energética.
Níveis: o resultado das análises se converte em notas de A a E, sendo A o nível mais eficiente.
Como funciona: o projeto deve ser encaminhado pela construtora ou pelo proprietário ao LabEEE. A análise e a emissão da etiqueta leva cerca de 60 dias.
Custos: de R$ 15 mil a R$ 20 mil.
Etiquetas: 21 edifícios avaliados e outros seis em processo.
Contato: www.procel.info.com.br
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CASA AZUL CAIXA: Lançado pela CEF em junho de 2010, integra o conjunto de ações que visam incorporar diferenciais de sustentabilidade aos produtos do banco - que responde por 70% do crédito imobiliário para habitação no Brasil. "A demanda por critérios de construção sustentável cresceu entre prefeituras e movimentos sociais, que começaram a pedir que a Caixa incluísse entre as obrigações itens como aquecedor solar ou captação de água de chuva", diz Mara Luísa Alvim Motta, gerente executiva de Meio Ambiente da CEF. Categoria: empreendimentos habitacionais feitos com financiamento da Caixa e programas de repasse como o Minha Casa Minha Vida.
Avaliação: são 53, dos quais o empreendedor deve escolher os mais adequados para a região do projeto. Se dividem nas categorias Qualidade Urbana; Projeto e Conforto; Eficiência Energética; Conservação de Recursos Materiais, Gestão da Água e Práticas Sociais.
Níveis: Atendido o mínimo de 19 critérios, recebe-se o selo Bronze. Para os níveis Prata e Ouro é preciso contemplar 25 e 31, respectivamente.
Como funciona: o projeto é entregue ao banco para análise dos critérios socioambientais previstos, durante a avaliação de viabilidade técnica. Se atingir um dos níveis, o empreendedor recebe o selo em até 30 dias - e firma um contrato de responsalibilade pela execução do projeto. A CEF monitora a obra.
Certificados: dez em análise.
Contato: http://downloads.caixa.gov.br/arquivos/desenvolvimento_urbano/gestao_ambiental/guia_selo_casa_azul_caixa.pdf.
PRÓS E CONTRAS DAS CERTIFICAÇÕES PARA EDIFÍCIOS

LEED
Vantagens

• Foi o pioneiro e já conquistou espaço no mercado nacional;
• Por ser usado em vários países, é o preferido das multinacionais, que optam por ele para manter o mesmo sistema de certificação em todas as suas filiais;
• Possibilita a conversão de um empreendimento que não tenha sido concebido para ser sustentável.
Desvantagens • Ainda pouco adaptado ao Brasil: isso faz, por exemplo, com que se dê um peso alto para as fontes de energia (que aqui vêm de matriz limpa) e pouco valor a questões trabalhistas e à gestão de resíduos, itens já resolvidos nos EUA;
• Como o sistema de pontuação dá o mesmo peso a todos os créditos, é possível optar pelos pontos considerados mais baratos e fáceis de ser alcançados - e que nem sempre são os mais relevantes do ponto de vista da sustentabilidade. Ter um bicicletário em vez de ter 10% de materiais locais, por exemplo, rende o mesmo ponto na contagem;
• Não conta com uma versão para edifícios residenciais.
Custos
R$ 1 por m², com valor mínimo de R$ 5 mil para construções com até 5 mil m² e máximo de R$ 50 mil para obras acima de 50 mil m².

AQUA
Vantagens

• 100% adaptado ao Brasil;
• Auditorias presenciais;
• Oferece referencial técnico para empreendimentos residenciais;
• Soluções abertas: como o que vale são os perfis de desempenho, o empreendedor tem mais liberdade para eleger as soluções que considerar adequadas;
• Exige um sistema de gestão do empreendimento com monitoramento contínuo e uma autoavaliação do empreendedor antes da certificação.
Desvantagens • Ainda é relativamente novo no mercado.
Custos Em média, R$ 25 mil para obras com até 10 mil m², e R$ 87,5 mil para empreendimentos com mais de 45 mil m².

BREEAM
Vantagens
• É o sistema de certificação mais antigo e mais usado em todo o mundo;
• Qualquer tipo de empreendimento pode se candidatar.
Desvantagens • Só tem um candidato brasileiro;
• Ainda não está adaptado para o Brasil;
• Pouco conhecido dos arquitetos, engenheiros e consultores de sustentabilidade.
Custos Não divulgado. Mas o primeiro projeto candidato ao selo no Brasil (www.movimentoterras.com.br) custará R$ 30 mil.

PROCEL EDIFICA
Vantagens

• Carrega a experiência do selo usado em eletrodomésticos;
• Avalia as soluções de projeto de acordo com a região bioclimática em que se encontra;
• Tem a credibilidade do Inmetro;
• Transparência: a etiqueta fica exposta aos usuários do prédio, que têm condições de saber a performance do edifício em cada um dos critérios avaliados.
Desvantagens • Avalia apenas o aspecto da eficiência energética de um edifício.
Custos
De R$ 15 mil a R$ 20 mil.

CASA AZUL
Vantagens
• Estimula a adoção de diferenciais sustentáveis em empreendimentos habitacionais de interesse social;
• Oferece um conjunto de critérios para serem escolhidos de acordo com a região do empreendimento. Desvantagens
• É restrito para empreendimentos habitacionais;
• Ainda é muito novo e tem poucos candidatos à certificação.
Custos - Taxa de análise: até R$ 328.
Fonte: Planeta Sustentável

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Veja quem votou contra ou a favor das alterações no Código Florestal


Brasília - Plenário da Câmara dos Deputados durante sessão extraordinária destinada a votação do projeto de lei do novo Código Florestal.
A Câmara dos Deputados votou a favor das alterações no Código Florestal. O Projeto de Lei 1876/99 foi aprovado por 410 votos contra 63 e uma abstenção. Na tarde desta terça-feira, recebemos
inúmeras mensagens através de nossas mídias sociais se manifestando contra às alterações.


Temos aproximadamente 206 mil seguidores nas redes sociais. A conservação ambiental deve estar acima dos interesses de deputados que promovem um modelo retrógrado de desenvolvimento. O Brasil precisa olhar para o futuro e ser o líder de uma economia verde, baseada no desenvolvimento sustentável, com uma agricultura responsável e sem "correntão" em matas nativas.

Veja na lista abaixo se os políticos que elegemos votaram contra ou a favor das mudanças no Código Florestal. Escreva aos seus deputados e manifeste sua opinião. E guarde esses nomes para os responsabilizarmos pelo futuro de nossas florestas e os impactos ambientais.

Clique aqui para ver o voto de cada um dos deputados

Fonte: WWF

terça-feira, 24 de maio de 2011

Os atores Christiane Torloni e Victor Fasano discutem com Marina Silva os riscos da aprovação do substitutivo ao Código Florestal.
Historicamente envolvidos com questões ambientais, estiveram nesta terça-feira (24/05) na Câmara dos Deputados e manifestaram repúdio ao substitutivo que modifica o Código Florestal.
Os atores são os responsáveis pela Campanha Amazônia para Sempre, que obteve em 2008 1,2 milhão de adesões na sociedade brasileira por meio de assinaturas ao documento, que também abordava os riscos de mudar a legislação ambiental.

Os artistas também tiveram uma reunião com a ex-senadora Marina Silva, discutindo os inúmeros impactos negativos do texto apresentado por Aldo Rebelo. “Estamos representando mais de um milhão de brasileiros que querem que as florestas sejam protegidas. Não é possível votar algo tão importante com essa pressa. É na urgência que mora o perigo”, analisou Christiane Torloni.

Victor Fasano também defende um aprofundamento das discussões. “Somos a favor de um texto bom para o país, em que todos cedam um pouco. Porém, o meio ambiente já cedeu muito, não pode perder mais”, disse.

A atriz classificou a situação dos debates sobre as mudanças como algo próximo do surreal, em que a discussão dos temas afetos à proteção das florestas foram colocados em segundo plano. “Essa situação não é inteligível. Quando há um cara do Partido Comunista [Aldo Rebelo] fechado com os latifundiários, tem alguma coisa errada. Dá a impressão que nós aprendemos tudo errado nas aulas de história”, criticou Christiane Torloni.

Os atores reportaram ter sofrido hostilidades nos corredores da Câmara dos Deputados, com insultos e agressões verbais por parte de representantes dos ruralistas. “Fomos atacados de forma autoritária. Também vimos há pouco nas galerias os deputados contrários às mudanças no Código Florestal serem vaiados por representantes do agronegócio. Isso não é democracia”, protestou.

O ator Victor Fasano, neto de produtores rurais, salientou que as correntes contrárias ao substitutivo não se opõem ao crescimento do setor agropecuário brasileiro. “O problema é tentar impor um texto como esse, que defende interesses de empresários do agronegócio que nunca pisaram na terra e que nunca sentiram o cheiro da terra”, afirmou.

Os artistas expressaram especial preocupação com três pontos do texto que está em tramitação: a anistia às multas para desmatadores, a diminuição de áreas de preservação permanente (APPs) e o enfraquecimento do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), órgão que permite o controle social nos processos de formulação de políticas públicas.

“Anistiar o desmatamento é premiar o desrespeito à lei. É como um policial de trânsito parar um motorista e, em lugar de multar, dar a ele os parabéns por ter se livrado de quilômetros de engarrafamento trafegando pelo acostamento”, concluiu Victor Fasano.

Fonte: WWF

Aprovada mudança no Código Florestal

Depois de dois anos de debates na Câmara dos Deputados e muitas horas de Plenário ao longo de mais de duas semanas, os parlamentares finalmente conseguiram aprovar o Projeto de Lei que altera o Código Florestal Brasileiro. O texto aprovado nesta terça-feira (24), por 410 a 63 votos, foi o mesmo apresentado por Aldo Rebelo (PCdoB-SP) no dia 11 de maio, no corpo da emenda substitutiva global n?186, e que causou o cancelamento da votação pelo governo.

Também conseguiu aprovação a emenda n? 164 apresentada pelo PMDB, que, entre outras coisas, passa aos governos estaduais e municipais a regulamentação das áreas consolidadas em Áreas de Preservação Permanente (APPs) às margens de rios. Segundo Sarney Filho (PV-MA), a emenda libera a ocupação do Pantanal, dos manguezais, desconfigura o conceito de APP e, inclusive, libera a construção de condomínios em área de Mata Atlântica, o que é proibido hoje.

Como um suspiro de otimismo, o coordenador de Políticas Públicas do Greenpeace, Nilo D'Ávila, prefere crer que essa derrota na Câmara apenas prenuncia a vitória final, que será o veto da presidente Dilma Rousseff.
18h40 – Tem início a Ordem do Dia. Quórum: 414 deputados
19h – Alfredo Sirkis vota a favor do requerimento que retira a matéria da pauta, e ameaça quebrar o bloco partidário com o PPS, pois alguns deputados votaram não.
19h30 – Três requerimentos rejeitados. Votação permanece na pauta.
Sarney Filho: "Não somos reféns da bancada ruralista aqui no Congresso".
19h32 – Votações nominais das emendas 186 (projeto do Aldo Rebelo) e 164 (da oposição) têm início. Quórum: 465.
Deputado Ivan Valente, do PSOL, homenageia cientistas que defenderam o atual Código e faz pesadas críticas aos ruralistas.
20h – Marco Maia encerra Ordem do Dia e convoca imediatamente uma sessão extraordinária, com nova contagem de painel.
Chico Alencar: "Essa noite pode ser do retrocesso, da decepação e da decepção ambiental também".
Luis Carlos Heinze (PP-RS): "Reserva Legal é confisco. Pergunta se Sarney Filho trataria assim o patrimônia da família Sarney".
Sarney Filho: "Fiquei perplexo com o discurso raivoso do representante do que tem de mais atrasado nesse país".
20h10 – Mais um requerimento de retirada de pauta. PV vota sim pela "superficialidade da discussão nessa Casa".
Chico Alencar: "PSOL vota sim. ONGs internacionais financiam ambientalistas? E a Monsanto, Syngenta não financiam os ruralistas? Dize quem te financias, que te direi quem és!"
20h20 – Requerimento novamente rejeitado. Passa-se à votação da emenda 186, de forma nominal. Deputados iniciam orientação por partido.
PMDB orienta Sim.
Paulo Teixeira faz discurso no qual parece insatisfeito com relatório, mas PT vota Sim.
PSDB, PR, PRB, PCdoB e PTdoB também.
DEM: Sim, pela votação do relatório de Aldo.
PP, PDT: Sim. PV e PPS: Não.
PSC e PMN votam Sim. PSOL se pronuncia e acompanha o bloco PV e PPS no Não.
Líder Chico Alencar: "PSOL diz Sim à preservação do meio ambiente, Não ao relatório de Aldo Rebelo".
Os que faltavam, Governo e Minoria, votam... Sim. Encerrada votação por partido.
20h45 – Líder do PT, Paulo Teixeira se pronuncia. Ele afirma que partido lutará para retirar do texto uma série de equívocos e que votarão contra a emenda 164 da oposição.
20h50 – tem início a votação nominal pelo sistema eletrônico.
Líder do PSDB, Duarte Nogueira se pronuncia a favor da aprovação do relatório de Aldo. Até agora já votaram 454 deputados.
21h10 – Encerrada votação. Aprovado relatório de Aldo Rebelo por 410 votos a favor e 63 contra; apenas uma abstenção.
00h – Aprovada por 273 contra 182 votos a emenda 164 apresentada pelo PMDB.
Veja aqui quem votou contra e quem votou a favor do relatório de Aldo Rebelo

Foto do plenário no início da sessão extraordinária para votação do Código Florestal (foto: Nathália Clark)

O dia da votação passo a passo

Às 10h, como previsto, a sessão extraordinária teve início no Plenário Ulysses Guimarães, mas até às 11h não havia quórum suficiente. Neste momento, o deputado ruralista Valdir Colatto (PMDB-SC), que teve grande influência na elaboração do texto do relator Aldo Rebelo (PCdoB-SP), garantiu que a votação seria ainda hoje.

Às 11h, os partidos da base aliada estavam reunidos no Gabinete da Liderança do Governo com Cândido Vaccarezza (PT-SP), Aldo Rebelo e o Ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio. Enquanto isso, manifestações contra e a favor da votação se espalham pela Esplanada dos Ministérios. Em frente ao Congresso Nacional, uma marcha de 2 mil agricultores familiares protestam contra a votação às pressas e sem um consenso.

Oito ex-ministros do Meio Ambiente se reúnem com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto para entregar a Carta Aberta que pede uma posição do govenro para barrar o retrocesso na legislação ambiental.

Ao fim das discussões com a base governista, às 12h30, Aldo falou em coletiva que o governo está estudando uma proposta de acordo sobre a recuperação de Áreas de Preservação Permanente (APP) às margens de rios, de até 20% em propriedades de 4 a 10 módulos, a serem escalonadas de acordo com a renda declarada. Mas, segundo ele, essa decisão quanto aos módulos ainda não foi tomada.

O deputado federal e ex-ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes (PMDB-PR), afirmou logo após a declaração de Aldo, que a proposta que o governo estuda agora foi apresentada por ele próprio há cerca de 10 dias, e que não havia sido aceita até então. Agora, o governo reconsidera, visando "o máximo de entendimento possível".

Titan de Lima, assessor do PT na Câmara, confirmou informações de que a presidente Dilma se comprometeu a vetar o Projeto de Lei caso seja aprovado hoje na Câmara sem as sugestões do Governo. Segundo Aldo, o projeto deve ser votado, deixando possíveis emendas para o Senado.
Em pronunciamento, o deputado Dr. Rosinha (PT-PR) afirma: "Alegam que o Código Florestal deve ser enterrado para que o pequeno agricultor possa produzir. Mas, na verdade, os grandes é que querem devastar".

Às 12h40 o presidente da Câmara, Marco Maia, chega ao Plenário e afirma que "neste momento, não há garantia de votação hoje". Os atores Cristianne Torloni e Vitor Fazano também estão presentes para acompanhar a sessão. O PSOL apresentou um requerimento para retirada da matéria da pauta de hoje.

Marco Maia deixa o Plenário às 13h20. Recomendação do PT é não computar quórum suficiente no Plenário. O deputado Mateus Marcon (PT-RS) afirmou que o governo está neste momento construindo um acordo para adiar novamente a votação e transferí-la para amanhã, dia 25.

Sessão plenária é encerrada às 14h e retomada às 15h30. No momento, Vaccarezza retornou do Planalto e está reunido novamente com Aldo no gabinete da liderança do governo, para discutir o texto do relatório.

16h20 - Líder do governo sai de reunião e, ao telefone com Marco Maia, afirma que o PT só tem a recomendação de vetar a emenda da oposição; o relatório deve levar voto a favor. Ele segue para a reunião de líderes no gabinete do Presidente, que deve definir a pauta da Ordem do Dia.

18h - Ivan Valente (PSOL-SP) sai da reunião de líderes e confirma votação nesta noite. A emenda da oposição também será votada em destaque. Segundo ele, o PT ainda está decidindo se vota contra ou a favor do relatório. Além do seu partido, até agora quem se comprometeu a votar contra o projeto foi o PSB e o PV. Ivan disse ainda que o PSOL irá apresentar uma proposta de referendo popular para que o povo se manifeste.
Clique para ouvir entrevista

De acordo com Vaccarezza, a presidente Dilma se reservou o direito de vetar todos os dispositivos que aumentam o desmatamento: "Ela não aceita anistia nem a questão dos quatro módulos, uma vez que o relator não acatou a proposta da manhã de recuperar pelo menos 20% nas pequenas propriedades".

De acordo com o líder, o governo vai insistir em recolocar o que não conseguiu nas negociações na Câmara, principalmente com relação às Áreas de Preservação Permanente (APP), no debate no Senado. Então, segundo Valente, é possível que a matéria "vá ao Senado, volte à Câmara e posteriormente, então, a presidente vete os dispositivos que aumentam desmatamento".

18h30 - Sessão da Ordem do Dia começa agora, já com o presidente Marco Maia, os líderes partidários e o relator Aldo Rebelo no Plenário.
Fonte: oeco

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Dispara o desmatamento no Mato Grosso em abril


O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apresentou nesta quarta-feira (18), em Brasília, os dados do Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real (Deter) para a Amazônia Legal. Os números referentes a março e abril de 2011 demonstraram significativo aumento do desmatamento no período, passando de 103,5 km² em 2010 para 593 km² este ano. Um pico surpreendente foi constatado no Mato Grosso – 43% a mais de degradação.
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O estado liderou o corte raso de vegetação nos dois meses levantados. Em março, o desmate em território mato-grossense foi da ordem de 74,7 km². Só em abril, esse montante multiplicou-se, somando impressionantes 405,5 km². Do acumulado nos dois meses na região (593 km²), 480,3 km² foram detectados somente no estado, o que equivale a 80% do total.

No período de agosto de 2010 a abril de 2011, constatou-se um aumento de 26% nas áreas passíveis de monitoramento, por conta da cobertura de nuvens. No Mato Grosso, que pôde ter sua cobertura total analisada, o crescimento foi de 47%, com 733 km² de desmate verificados.
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Do total detectado na Amazônia, 59,1% se refere a corte raso, ou seja, remoção total de área de floresta, e 36,7% representam floresta degradada alta. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, foi cautelosa ao dizer que ainda não se tem relação concreta de causa e feito.

“É um fenômeno ainda não identificado, que demonstra concentração no Mato Grosso. As constatações mais alarmantes são o uso de ‘correntão’, desmatamento acima de mil hectares e a inclusão de novas áreas. Mas estamos analisando cada caso”, garantiu.
Segundo ela, estão proibidas autorizações legais de desmate na Amazônia até que se chegue a uma conclusão sobre essa situação “atípica”. O Ibama também está massivamente mobilizado. Mais de 500 homens estão em campo para fiscalização, além de 125 técnicos estaduais.

Uma boa notícia é que não houve aumento de desmate em unidades de conservação. De acordo com Márcio Astrini, coordenador da Campanha de Florestas do Greenpeace, isto é um reflexo da discussão do Código Florestal: “O impasse ainda não resolvido em torno das áreas consolidadas faz com que ocorram novos desmatamentos em grande escala e em áreas privadas. A proposta do Aldo Rebelo (PCdoB-SP) traz consigo a anistia. Quando se passa o recado que os crimes ambientais não serão punidos, se incentiva a prática”.

Izabella Teixeira não quis atribuir a causa ao debate que está na Câmara dos Deputados. Nilo D’Ávila, coordenador de Políticas Públicas do Greenpeace, disse a ela na saída: “Você fez seu papel, não pode dizer que a culpa é do Aldo, mas eu posso, viu!”
Fonte: oeco

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Cadeirão para bebês feito de papelão

  Reprodução
Um designer australiano inventou mais uma maneira de estimular os pais a serem consumidores conscientes. Como alternativa aos tradicionais cadeirões, Anthony Dan, responsável pela marca eco Paper Tiger, criou um modelo especial, feito de papelão reciclado.

E você deve estar pensando que um cadeirão feito de papelão deve ser frágil, mas o fabricante garante que o produto é resistente. Com estruturas triangulares de dobras, também se mostra fácil de guardar, transportar e de ser montado novamente. Outra vantagem: o cadeirão pode ser personalizado da maneira que você – e seu filho - quiser. Só fique atento aos sucos e às papinhas que serão derramadas pela criança na hora da refeição…

Para mais informações sobre vendas pela internet, consulte o site da empresa.
Fonte: revistacrescer

Mundo joga fora um terço de todos os alimentos que produz

Perda é similar nos países ricos e pobres; campanha do Akatu em 2009 já apontava os mesmos índices desperdício no Brasil
Cerca de um terço dos alimentos produzidos todos os anos no mundo para consumo humano – aproximadamente 1,3 bilhão de toneladas – são perdidos ou desperdiçados, anunciou na quarta-feira (11/5), a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO). Os dados são de um estudo encomendado pelo órgão ao Instituto Sueco de Alimentos e Biotecnologia.

Em 2009, uma campanha promovida pelo Instituto Akatu já divulgava os mesmos índices de desperdício de alimentos no Brasil. Além de alertar o consumidor para a problemática, a ação também sugere o que fazer para consumir os alimentos de forma consciente para evitar as perdas.

Na América Latina, segundo o relatório da FAO, o maior índice de desperdício se dá na produção de frutas e vegetais. “Mais de 40% das frutas e vegetais produzidos são desperdiçados durante o processo de produção, pós-colheita e embalagem”.

No mundo
Segundo o estudo da FAO, a quantidade de alimentos desperdiçada no mundo equivale a mais da metade de toda a colheita de grãos no mundo. E, tanto os países industrializados como os em desenvolvimento "dilapidam mais ou menos a mesma quantidade de alimentos: 670 e 630 milhões de toneladas respectivamente".

No entanto, eles seguem um padrão diferente de desperdício. Nos países mais pobres ou em desenvolvimento, a maior parte dos alimentos é perdida durante o processo de produção e transporte. Já nas nações mais ricas, o desperdício acontece quando os alimentos já foram comprados pelos consumidores.

A quantidade total de alimentos desperdiçados nos países industrializados apenas pelos consumidores (222 milhões de toneladas) é quase equivalente à quantidade total de alimentos produzidos na África Subsaariana (230 milhões de toneladas).

O relatório ressalta que nos países ricos muitos alimentos vão para o lixo antes mesmo de expirar a data de validade e as normas de qualidade são apontadas como a principal causa do desperdício, já que “dão excessiva importância à aparência dos produtos”.

As médias de desperdício per capita também são muito maiores em países industrializados. Na Europa e América do Norte, cada pessoa desperdiça entre 95 a 115 quilos de alimentos por ano. Na África Subsaariana, a média per capita é de seis a 11 quilos.
"Reduzir as perdas pode significar um impacto imediato e significativo nos meios de subsistência e na segurança alimentar", indica o relatório.

Impacto ambiental
O relatório destaca o impacto negativo do desperdício no meio ambiente. "Isso invariavelmente significa que grande parte dos recursos empregados na produção de alimentos é usada em vão, e que os gases que provocam o efeito estufa causados pela produção de alimentos que é perdido ou desperdiçado também são emissões em vão", afirma o relatório.

Os dados do relatório "Perdas alimentares globais e desperdício alimentar" serão discutidos no congresso internacional Save Food!, promovido pela FAO em Dusseldorf, na Alemanha, na semana de 16 a 20 de abril.
Fonte: instituto akatu

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Ecofaxina II: como limpar sua cozinha sem produtos químicos


Não parece, mas esse é o lar favorito das piores bactérias da casa, foto: sewpixie
Se você tivesse que apontar o lugar mais sujo da casa, qual seria? O banheiro? Pois saiba que a cozinha esconde mais germes e bactérias do que qualquer outro cômodo.
Isso porque é nesse local que lidamos com comida e preparamos nossas carnes, que nada mais são do que carcaças de animais mortos, e, por ser úmido, esse ambiente é bastante favorável à colonização por bactérias.
A esponja de lavar louça e os panos de prato, por exemplo, são uma das fontes mais infecciosas de bactérias de origem alimentar, como E. Coli e salmonela – que se escondem nos poros das buchas e dos tecidos e podem contaminar alimentos ou utensílios. Mas não precisa se desesperar e encharcar a cozinha com água sanitária.
O Ecocidades tem algumas dicas para manter a cozinha livre de germes sem utilizar produtos químicos prejudiciais ao meio ambiente e à saúde.
Prevenir é melhor do que remediar
O melhor segredo para evitar a proliferação microorganismos é cuidar da sujeira assim que ela aparece. Bactérias se multiplicam em um ritmo alarmante, uma simples célula pode dar origem a mais de 8 milhões em menos de 24 horas. Portanto, se você espirrar um pouco de ovo cru ou molho de espaguete no balcão, limpe imediatamente. Se derrubar migalhas no chão, varra no mesmo instante. Limpar a cozinha à medida que você for cozinhando pode lhe custar alguns minutos a mais, porém, vai lhe poupar tempo a longo prazo. Afinal, é muito mais fácil se livrar de uma mancha de gordura no fogão enquanto ela ainda está fresca do que passar horas esfregando crostas de manchas secas.
Fique atento aos prazos de validade e marque nas vasilhas com sobras de comida a data em que foram feitas, para que não fiquem envelhecendo na geladeira. Também é indicado se desfazer de comida velha ou estragada a cada duas semanas para evitar que colônias de mofo cheguem a criar raízes. Adotando esses cuidados, é possível reduzir as chances da proliferação de bactérias. Mas, afinal, o que fazer para remover a sujeirada sem usar produtos químicos?
Produtos milagrosos
Água, limão, vinagre, sal e bicarbonato de sódio fazem verdadeiro milagre quando o assunto é limpeza. E o melhor: são produtos super baratos e podem ser aplicados em praticamente qualquer superfície da casa. Para remover manchas do balcão ou da geladeira, por exemplo, basta fazer uma solução de água com bicarbonato. Se quiser, adicione um pouco de suco de limão para dar um perfume cítrico.
Esponjas e Panos de Prato
A umidade e as fendas minúsculas que tornam a esponja tão eficiente na hora da limpeza fazem dela o abrigo perfeito para as bactérias. Para impedir que ela contamine seus utensílios, é preciso fervê-la por cerca de três minutos entre cada uso. Quanto aos panos de prato, deixe-os secar completamente depois da utilização e lembre-se de lavá-los, no mínimo, uma vez por semana. Lembre-se: quanto mais secas as coisas estiverem, menor a chance de bactérias. Elas adoram umidade.
Louças
Acumular aquela pilha de louça por lavar é um jeito infalível de encher a sua pia de germes. Para evitar que isso aconteça, lave seus utensílios de cozinha logo depois de usá-los. Você pode usar um detergente biodegradável ou fazer um detergente caseiro. Para tanto, basta ferver, em fogo baixo, duas xícaras de água e 1 xícara de sabão de coco ralado. Mexa até dissolver. Tire do fogo, acrescente mais seis xícaras de água duas colheres de bicarbonato de sódio, suco de dois limões e misture bem. Depois é só aplicar na louça e esfregar. E não se esqueça de fechar a torneira enquanto estiver ensaboando. Se suas louças de vidro estiverem sem brilho, é possível recuperá-lo mergulhando as peças em uma bacia com água e algumas gotas de vinagre e deixá-las de molho por meia hora.
Panelas
Para retirar a sujeira que adere ao fundo das panelas, coloque água e quatro colheres de sopa de vinagre dentro do utensílio. Leve ao fogo e deixe ferver. Na hora da lavagem, o grude vai embora com mais facilidade e menor quantidade de sabão.
Azulejos
Para desengordurar azulejos, adicione duas colheres de vinagre a um recipiente com oito xícaras de água morna. Em seguida, basta molhar um pano na solução e esfregá-lo na área a ser limpa.
Fogão
Aquela sujeira mais pesada, que insiste em ficar grudada no fogão, pode ser removida deixando um pouco de vinagre sobre a gordura 15 minutos antes de começar a limpeza. Fica novinho em folha. Se quiser, você também pode optar por uma solução de duas partes de água para uma de sal.
Forno
Espalhe um bocado de bicarbonato de sódio sobre a parte inferior do forno, certificando-se de que todas as manchas estejam completamente cobertas. Depois, vá borrifando água sobre a área a ser limpa várias vezes durante algumas horas para manter o local úmido e, então, deixe a mistura descansar por uma noite. No dia seguinte, basta remover a pasta de bicarbonato que a sujeira será eliminada.
Microondas
Da próxima vez em que encontrar espirros de comida dentro do microondas, não se desespere! Existe uma maneira fácil de remover manchas sem passar horas esfregando o aparelho. Coloque ¼ de xícara de vinagre e uma xícara de água em uma vasilha e aqueça a mistura no próprio microondas por dois ou três minutos. Quando terminar o aquecimento, deixe agir por 10 minutos. O vapor e a acidez do vinagre vão soltar as partículas de alimentos, permitindo que sujeira seja removida com mais facilidade. Também é possível substituir o vinagre por limão.
Geladeira
Para limpar a parte interna da geladeira, o uso de produtos industrializados é desaconselhável, pois liberam compostos orgânicos voláteis (VOCs) e eles podem prejudicar a saúde de quem ingere os alimentos guardados ali. Portanto, na hora da limpeza, prefira a mistura de água, bicarbonato de sódio e sabão.

Fonte: oeco

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Governo não tem prazo para votar Código Florestal, diz líder na Câmara

O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), afirmou nesta quinta-feira que o Palácio do Planalto não trabalha com prazo para a votação da reforma do Código Florestal.
Segundo o petista, que foi responsável pelo cancelamento da votação que começou na noite de quarta-feira (11) na Câmara, o governo só vai liberar a análise do texto quando tiver certeza de voto favorável à proposta que defende.
Ontem, um racha na base aliada ameaçou imprimir a primeira derrota do governo Dilma Rousseff no Congresso.
O líder mandou um recado para a bancada ruralista afirmando que é preciso acelera um entendimento porque nunca ouviu no governo o interesse de prorrogar o decreto que anistia desmatadores, que vence no dia 11 de junho.
"Tem um decreto que vai expirar no dia 11 de junho e pelo que sei das conversas do governo, esse decreto não será prorrogado. Então, é importante que as pessoas que defendem o setor produtivo, que estão participando desse debate acelerem para fazer um acordo para a gente poder votar", disse.
Vaccarezza reconheceu que o clima na casa não está favorável para votações e disse que vai trabalhar na próxima semana para restabelecer a interlocução tanto com a base aliada, como com a oposição.
"Fica difícil [ter clima para votar]. A oposição e os setores da base têm razão de reclamar. Mas o governo só concordará com a votação do texto quando a situação estiver equilibrada entre a defesa do meio ambiente e as necessidades da produção", afirmou.
Segundo o líder, o governo continua apoiando o texto de Aldo e não pensa em apresentar nenhum substitutivo ao texto do relator. O petista afirmou, no entanto, com o governo ainda permanece com pontos divergentes, como a isenção da reserva legal para propriedades de até quatro módulos e as punições para quem desrespeitar o meio ambiente.
"Não tem plano B. A base é o texto do Aldo. O governo não vai avançar em mais nada e não vai recuar", disse.
Vaccarezza afirmou que na próxima semana vai tentar buscar um entendimento com a oposição para votar medidas provisórias. A prioridade é a 521 que entre seus itens trata de regras para as licitações das obras da Copa do Mundo e da Olimpíada. Ao derrubar a votação do Código Florestal, Vaccarezza rompeu acordo com a oposição e com a base de votar esse texto e na sequência analisar a MP 521, que enfrenta resistência dos oposicionistas.

Fonte: Folha.com

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Manifestação alerta sobre riscos de mudar Código Florestal


© Luiz Fernandes
Filtro inflável do WWF-Brasil em frente ao Congresso Nacional, em manifestação pedindo mudanças no substitutivo ao Código Florestal, em 11/05/2011.

O WWF-Brasil ergueu na manhã desta quarta-feira (11/05), em frente ao Congresso Nacional, um filtro inflável acompanhado de faixas pedindo mudanças no substitutivo ao Código Florestal, com os dizeres “Cuidar das florestas é água boa no campo e na cidade”.
O objetivo da ação foi de alertar a sociedade brasileira para a importância das áreas de preservação permanentes (APPs) e da reserva legal para a conservação da biodiversidade e dos recursos hídricos, fundamentais para a manutenção das atividades agrícolas.

Os deputados ruralistas tentam colocar o substitutivo que altera o Código ainda nesta quarta. Entretanto, o texto sofreu inúmeras mudanças e, surpreendentemente, não havia sido disponibilizado para os parlamentares até o meio-dia da data da votação da matéria.

Segundo a ex-senadora Marina Silva, é essencial que a votação do substitutivo seja adiada, até que o texto seja debatido de forma adequada pela sociedade brasileira. “Acho precipitada esta votação extemporânea. Ninguém conhece o texto. A responsabilidade que temos com as florestas brasileiras e os compromissos internacionais de reduzir as emissões de gases de efeito estufa do país podem ficar seriamente comprometidos se tivermos um retrocesso na legislação que protege as florestas”, avaliou Marina Silva.

De acordo com Carlos Alberto de Mattos Scaramuzza, superintendente de conservação do WWF-Brasil, as modificações realizadas no texto original do substitutivo, além de não contemplarem importantes questões ambientais e de interesse da agricultura familiar, contêm uma série de brechas, excepcionalidades que impossibilitariam sua aplicação. “Ainda há tempo para o deputado Aldo Rebelo e o presidente da Câmara, deputado Marco Maia, evitarem o desastre iminente que essas mudanças no Código Florestal gerariam”, concluiu Scaramuzza.

Fonte: WWF

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Ecofaxina: como limpar seu banheiro sem produtos químicos

Vinagre e bicarbonato deixam o banheiro limpinho, foto: RK

Quem já se aventurou pelos afazeres domésticos sabe que limpar o banheiro não é das tarefas mais agradáveis, afinal ninguém gosta de recolher fios de cabelo do ralo, ficar esfregando os azulejos, a pia e meter a mão no vaso sanitário. Verdade seja dita, esse é um dos cômodos da casa que mais merece nossa atenção na hora da limpeza, mas se engana quem acha que para se livrar dos germes é preciso um arsenal de produtos químicos.
É possível substituir os artigos industrializados por itens que podem ser encontrados em qualquer despensa.
O Ecocidades reuniu algumas dicas para quem quer manter o banheiro limpo sem agredir o meio ambiente.
Vaso Sanitário
Quem disse que é preciso alvejante para deixar sua privada branquinha e sem manchas? Basta adicionar meia xícara de vinagre a uma colher de sopa de bicarbonato de sódio. Aplique essa mistura no vaso sanitário, deixe agir por 30 minutos e depois é só esfregar bem. O ideal é fazer esse tipo de limpeza uma vez por semana. Você também pode aplicar um desinfetante caseiro, se quiser. A receita é fácil. São necessários quatro litros de água, um litro de álcool, um sabão caseiro e folhas de eucalipto. Deixe as folhas de molho no álcool por dois dias. Rale o sabão e o dissolva em um litro de água fervente. Em seguida, adicione o restante da água e a essência de eucalipto e voilà!
Azulejos
Para remover o mofo dos rejuntes de azulejos do banheiro, aplique uma boa quantidade de vinagre branco puro com uma escova de dentes velha. Deixe-o agir durante duas horas e, depois, lave a superfície apenas com água. A acidez do vinagre quebra moléculas de gordura e também mata bactérias e mofo. Ele também pode ser utilizado para remover manchas da parede, limpar cortinas ou o box e utensílios de vidro. Em uma experiência realizada para testar o poder de limpeza do vinagre, ele foi capaz de matar 99% de bactérias de superfície, 80% germes e 82% de mofo encontrados em um balcão.
Ralos
Fios de cabelo são uma das causas mais comuns do entupimento de ralos no banheiro. Para desobstruir a passagem da água, primeiro retire todos os detritos visíveis. Então, derrame ¾ de xícara de bicarbonato de sódio do ralo seguida de meia xícara de vinagre. Lembre-se de tampar o ralo imediatamente com um pano, pois a reação dessas duas substâncias produz uma efervescência. Deixe a solução agir por 30 minutos e então jogue água fervente.
Pia
Misture duas xícaras de bicarbonato de sódio, meia xícara de sabão caseiro, uma xícara de água e meia xícara de vinagre e aplique na pia. Para polir as torneiras, use uma solução com partes iguais de bicarbonato de sódio e vinagre, enxaguando em seguida.
Espelhos
Use um pano sem fiapos e água quente. Se tiver muitas manchas de pasta de dente, use uma solução com partes iguais de vinagre e água. Espirre sobre a superfície e depois seque com um pano. Essa mistura também pode ser usada para limpar janelas e qualquer superfície de vidro.
Chão
Adicione meia xícara de bicarbonato de sódio e um pouco de suco de limão a um balde de água quente. Se o chão do seu banheiro for pequeno, você pode usar aquela mesma solução de limpar pias. Outra opção é utilizar meia xícara de sal dissolvido em um balde de água morna. Aplique essa solução com um esfregão e, depois, enxágue normalmente. E não se esqueça de nunca deixar o tapete molhado dando sopa no chão, tente pendurá-lo no box para que possa secar mais rapidamente. Para mantê-lo livre de odores, espalhe um bocado de bicarbonato de sódio e, então, passe o aspirador de pó sobre sua superfície. Assim você poderá usar o mesmo tapete por mais tempo.
Por fim, para deixar um cheirinho bom no ar, borrife uma solução de cravos-da-índia no ambiente. É só misturar álcool a um punhado de cravos. Mas, antes de utilizar, é preciso deixar essa mistura descansar por alguns dias. Além de perfumar, o aroma afasta os insetos.

Fonte: oeco

Copo comestível pode substituir descartáveis

Copo comestível pode substituir descartáveis

Débora Spitzcovsky

Copo descartável, que gera lixo e demora centenas de anos para se decompor, ou copo de vidro, que constantemente precisa ser lavado com água e detergente? Em meio às discussões sobre a forma mais sustentável de consumir líquidos, o escritório de design norte-americano The Way We See The World* desenvolveu um copo que pode, finalmente, encerrar esse debate: o Jelloware.

Feito de ágar-ágar, um tipo especial de gelatina de algas, o copo é comestível e, por isso, resolve todos os problemas relacionados à produção de lixo, desperdício de água e poluição, debatidos no consumo dos demais tipos de copo.



Coloridos e maleáveis, os Jellowares são fabricados em três versões – limão e manjericão, gengibre e hortelã e alecrim e beterraba –, dando ao consumidor a chance de escolher o sabor que melhor combina com a sua bebida.

O produto só requer dois cuidados: se não for consumido imediatamente, ele deve ser guardado na geladeira, ao invés do bom e velho armário de louças, e a sua ingestão deve ser controlada. Isso porque, segundo os fabricantes, comer mais do que três Jellowares por dia pode trazer prejuízos à saúde, já que o ágar-ágar possui propriedades laxativas.

Mas quem não quiser correr o risco de passar o resto do dia no banheiro ou estiver de regime, não precisa comer o copo: o Jelloware é biodegradável e, por isso, segundo os fabricantes, pode ser enterrado em qualquer área verde, que se transformará em adubo para as plantas. Boa ideia ou não?

Fotos: Divulgação

*The Way We See The World

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Rebelo mantém APPs na lei, mas abre brecha para uso agrícola

O relator do projeto de reforma o Código Florestal, deputado Aldo Rebelo (PcdoB-SP), incluiu no seu texto a manutenção de Áreas de Preservação Permanente (APPs) em topos de morros e ao longo de cursos d'água, mas deixou um brecha para que agricultores que já utilizam essas áreas não caiam na ilegalidade.
A proposta de Rebelo, que busca um meio termo em um ponto polêmico da reforma da lei, acata uma sugestão do governo sobre a ocupação de áreas de preservação. O texto pode ser votado ainda esta semana na Câmara.
O deputado pretendia, no texto aprovado em uma comissão da Câmara no ano passado, flexibilizar ainda mais a ocupação dessas APPs, medida na época que foi criticada por ambientalistas e aplaudida pelos que defendem a consolidação de áreas já utilizadas para a agricultura.
Mas no relatório final apresentado nesta segunda-feira, após discussões com ministros da Agricultura e Meio Ambiente, Rebelo mantém a legislação vigente com entraves para o uso dessas áreas por novos agricultores --novos desmatamentos nessas terras não serão permitidos.
A inclusão de exceções para cultivos que já utilizam topos de morros e encostas, como o café, a maçã e também a pecuária extensiva, pode evitar uma perda para o setor agrícola.
"Eu posso até estar insatisfeito... Mas eu estou muito feliz por ter construído uma possibilidade de acordo", disse o deputado a jornalistas nesta segunda-feira.
A atualização do Código Florestal é buscada há mais de uma década.
O texto de Rebelo também manteve a legislação atual no que se refere à exigência de preservação de uma faixa ao longo de cursos d'água.
No caso de rios com largura de até dez metros, deve-se manter uma faixa de 30 metros de APP, o que agrada defensores de uma lei ambiental mais rígida.
Rebelo havia manifestado anteriormente a vontade de criar uma faixa menor para rios com até cinco metros de largura, de 15 metros, e de permitir que agricultores familiares pudessem manter a faixa em 7,5 metros, se a área já estivesse desmatada, sob o argumento de não inviabilizar a produção em pequenas propriedades.
"Manteve-se a metragem conforme a legislação de hoje. Todos cursos d'água serão protegidos... mesmo que seja um córrego de meio metro de largura", afirmou Rebelo.
"Muitas propriedades vão desaparecer e essa realidade não pode ser omitida", comentou ele.
Entretanto, o relatório do deputado permite que a área de APP seja descontada do cálculo de Reserva Legal da Propriedade.
A lei ambiental em vigor determina que todo proprietário rural deve manter preservada uma parcela de mata nativa --a Reserva Legal. Propriedades localizadas na região da Amazônia Legal devem preservar 80 por cento da terra em áreas de floresta e 35 por cento em áreas de cerrado. Em outros biomas, a exigência é de 20 por cento.
O relatório mantém esses percentuais, mas desobriga propriedades de até quatro módulos fiscais de recompor a reserva. O percentual de mata nativa existente até julho de 2008 será declarado ao órgão ambiental, e o proprietário não precisará recompor. O tamanho de um módulo fiscal varia de município para município.
Médios e grandes proprietários deverão recompor a reserva, mas poderão fazê-lo em outros Estados, desde que no mesmo bioma. Poderão descontar do tamanho da propriedade quatro módulos fiscais, para calcular a área de reserva.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)

Fonte: Estadão