quarta-feira, 11 de maio de 2011

Manifestação alerta sobre riscos de mudar Código Florestal


© Luiz Fernandes
Filtro inflável do WWF-Brasil em frente ao Congresso Nacional, em manifestação pedindo mudanças no substitutivo ao Código Florestal, em 11/05/2011.

O WWF-Brasil ergueu na manhã desta quarta-feira (11/05), em frente ao Congresso Nacional, um filtro inflável acompanhado de faixas pedindo mudanças no substitutivo ao Código Florestal, com os dizeres “Cuidar das florestas é água boa no campo e na cidade”.
O objetivo da ação foi de alertar a sociedade brasileira para a importância das áreas de preservação permanentes (APPs) e da reserva legal para a conservação da biodiversidade e dos recursos hídricos, fundamentais para a manutenção das atividades agrícolas.

Os deputados ruralistas tentam colocar o substitutivo que altera o Código ainda nesta quarta. Entretanto, o texto sofreu inúmeras mudanças e, surpreendentemente, não havia sido disponibilizado para os parlamentares até o meio-dia da data da votação da matéria.

Segundo a ex-senadora Marina Silva, é essencial que a votação do substitutivo seja adiada, até que o texto seja debatido de forma adequada pela sociedade brasileira. “Acho precipitada esta votação extemporânea. Ninguém conhece o texto. A responsabilidade que temos com as florestas brasileiras e os compromissos internacionais de reduzir as emissões de gases de efeito estufa do país podem ficar seriamente comprometidos se tivermos um retrocesso na legislação que protege as florestas”, avaliou Marina Silva.

De acordo com Carlos Alberto de Mattos Scaramuzza, superintendente de conservação do WWF-Brasil, as modificações realizadas no texto original do substitutivo, além de não contemplarem importantes questões ambientais e de interesse da agricultura familiar, contêm uma série de brechas, excepcionalidades que impossibilitariam sua aplicação. “Ainda há tempo para o deputado Aldo Rebelo e o presidente da Câmara, deputado Marco Maia, evitarem o desastre iminente que essas mudanças no Código Florestal gerariam”, concluiu Scaramuzza.

Fonte: WWF

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